Docentes da Uema em Assembleia Geral rejeitam proposta salarial do Governo do Estado
Uma espera que não deu em nada. Desde o ano passado que os professores da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) não recebem nenhum tipo de reajuste salarial por parte do Governo do Estado. E, ao que tudo indica, parece que vão continuar sem receber, pois a única proposta salarial (gratificação técnica), se é que podemos definir assim, apresentada para a diretoria da Apruema, por meio da direção superior da Uema, foi rejeitada pelo conjunto de docentes sócios presentes, no último dia 09 de agosto (terça-feira), em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada no auditório do CCSA.
Vale lembrar que a proposta salarial do Governo do Estado foi encaminhada em forma de gratificação técnica e apresentada nessa AGE da Apruema, mas na hora da votação 60 docentes a rejeitaram dos 105 presentes. O que significa dizer que somente 45 docentes queriam a sua implantação. Assim, se tivesse sido aprovada, de acordo com o reitor da Uema, professor Gustavo Costa, presente também na AGE, já seria implantada agora na folha de agosto para os professores da Universidade por meio de portaria individual.
De acordo ainda com o reitor Gustavo Costa, o Governo do Estado autorizou o pagamento dessa gratificação técnica, que totaliza um montante de R$ 788.840,00 (setecentos e oitenta e oito mil e oitocentos e quarenta reais) e que viria em forma de custeio para a Uema, não caracterizando assim nenhum tipo de reajuste e, por consequência, não precisaria passar pela aprovação da Assembleia Legislativa do Estado. Segundo o reitor, a única solução encontrada pelo Governo do Estado para atender o pleito dos docentes da Uema.
De posse desses recursos que, repito, viria em forma de custeio, a direção superior da Uema teria total liberdade para utilizar esse montante (não mais que isso) da melhor forma possível visando atender o pleito dos seus docentes, que seria distribuído por classe e carga horária, mas com um agravante: a gratificação técnica não beneficiaria o corpo de professores aposentados. Com isso, na avaliação da maioria dos docentes presentes nessa AGE, a proposta foi considerada descabida, injusta e discriminatória. Talvez, por isso, não tenha sido aprovada.
Ao final da AGE, após ser rejeitada a proposta salarial do Governo do Estado, o presidente da Apruema, professor Ubiraci Nascimento, colocou em votação as propostas apresentadas, diga-se de passagem, de forma consensual e convergentes, ficando decidido pela criação de uma Comissão Paritária, já eleita na própria Assembleia Geral, e composta por 07 (sete membros), sendo dois professores/diretores da Apruema (Manoel Salgado e Silvana Meneses), dois docentes da Plenária (João Coelho e Ribamar Gusmão), e um professor aposentado (Carlos Saturnino), tendo como suplentes ainda os docentes Ilmar Polary e Fernando César. Essa Comissão Paritária terá três dias para apresentar uma contraproposta na AGE que será realizada já no próximo dia 12 de agosto (sexta-feira), no mesmo auditório do CCSA.
