A postura equilibrada e a coragem de Adriano Sarney

Carregar o sobrenome “Sarney” não deve ser algo fácil. Viver no Maranhão então, acaba sendo sentenciado a ser perseguido pelo resto da vida. Porém, um novo membro da família decide entrar na política: Adriano Sarney (PV). Ele apareceu no cenário político em 2012, como pré-candidato a prefeito de Paço do Lumiar, mas acabou desistindo e por conta de algumas entrevistas na época, acabou sendo considerado por uns como um menino maluquinho. Dois anos depois, eleito deputado estadual, Adriano demonstra maturidade, equilíbrio e coragem.

O neto de José Sarney foi quem chamou atenção na semana passada na mídia local e nacional. Ele afirmou com exclusividade a revista Maranhão Hoje e depois reiterou ao jornal O Estado do Maranhão, que o Sarneísmo chegou ao fim. “Sim, chegou ao fim. Agora o grupo, que um dia se chamou de Grupo Sarney, se quebrou”

Como pode, um membro da família, admitir isso?

Adriano fez a correta leitura do que ocorre no momento e teve coragem para expor isso. O futuro parlamentar lembra que o ciclo chegou ao fim, por conta da nova formação que o grupo sofrerá com a saída de antigos aliados e entradas de opositores e novatos na político. O trabalho não será fácil, afinal os cacos terão que ser reunidos e saber o que pode ser aproveitado. O neto de Sarney tem papel fundamental nesse processo, afinal ele é um dos representantes da nova geração.

Com 34 anos, Adriano Sarney, não é mais um adolescente, mas ainda será considerado da ala jovem da Assembleia Legislativa e apesar de ter participado e ser eleito por um grupo adversário ao de Flávio Dino (PCdoB), já disse que não fará uma oposição raivosa, mas sim inteligente e aguardar a postura do novo governador.

O deputado estadual eleito informou que inclusive dará tempo para que Flávio Dino possa desenvolver seu governo. Adriano diz que observará os seis primeiros meses da administração estadual, para então – se for necessário – emitir críticas.

O parlamentar verde ainda dá outras demonstrações de equilíbrio, maturidade e coragem. Perguntado sobre a eleição de Humberto Coutinho (PDT) para a presidência da Assembleia Legislativa, Adriano diz que não enxerga problemas em votar em um dos principais aliados de Flávio Dino, porém existe a necessidade do parlamento manter sua independência e sua autonomia em relação ao executivo. “Não podemos ser submissos ao governo, existe uma Casa soberana, eleita também pelo povo”, argumenta.

Adriano Sarney deixa claro que não é um aventureiro qualquer na política…

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