“Ei bichão”, era assim que costumeiramente Aldionor Salgado falava comigo quando me fazia ligações ou quando eu as fazia. Não tive muito contato com ele, como muitos dos meus colegas tiveram, mas em 2012 durante a campanha para prefeito de São Luís, praticamente nos falávamos todos os dias e não como enaltecer o caráter e a postura deste que foi um dos grandes do jornalismo maranhense.

Por sorte, tive a oportunidade de conhecer e agora mais recentemente, trabalhar com a filha de Aldionor. Mariana Salgado optou também pelo caminho das pedras e escolheu ser jornalista, ainda é nova, mas já traça os passos do pai e pode ser uma profissional tão boa ou até melhor.

Acompanhei nos últimos quatro meses o sofrimento de Aldionor Salgado, através da Mariana, que sempre me relatava as dores intermitentes que seu pai sofria. Ela chegou até a contar a angústia de Aldionor não poder participar ativamente da campanha de Flávio Dino (PCdoB).

Ex-vereador de São Luís e militante político, desde a década de 70, Aldionor Salgado foi um dos maiores ao lado de Maria Aragão. Ele participou da greve de 79 na capital maranhense e decidiu não disputar mais nenhum cargo político ao se decepcionar com a sua primeira e única experiência no parlamento.

Depois se tornou secretário de Comunicação e passou a ser assessor de Julião Amim (PDT), da secretaria municipal de Trânsito e Transporte e do reitor Natalino Salgado.

Perdemos um grande homem e de forma prematura. Aldionor tinha apenas 61 anos…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *