Se a oposição vive uma eterna briga por espaços, os governistas também passam por essa situação, e isso não é de hoje, a questão é que sempre souberam abafar e resolver internamente seus problemas. Só que dessa vez, próximo de chegar ao fim o ciclo de Roseana Sarney na política, os cacique governistas não escondem mais a sede de continuarem no poder e alguns retomarem ou buscarem mais espaços.
Lobão Filho quer a vaga dele de senador titular
Exemplo disto é a briga pela vaga de senador, atualmente ocupada por Epitácio Cafeteira (PTB), que não tem mais condições de buscar uma reeleição por conta do seu estado de saúde debilitado. Inicialmente o preferido do grupo era Gastão Vieira (PMDB), mas temendo uma derrota nas urnas e com a possibilidade de ficar sem mandato, resistia a indicação e chegou a falar que não tinha interesse. 
Dessa forma o grupo buscou trazer Lobão para a corrida eleitoral e fortalecer a candidatura de Luís Fernando (PMDB), uma vez que a família tem um peso considerado no eleitorado maranhense. Sendo assim, sondaram Edson Lobão Filho (PMDB) para disputar a vaga de Senador. É óbvio que o suplente aceitou, o que gerou uma ciumeira em Gastão Vieira, que em menos de uma semana, após ter dito que não tinha interesse na vaga, mudou de opinião.
Se não bastasse, a briga de foice entre Gastão e Lobão, eis que surge Rogério Cafeteira (PSC), deputado estadual e cunhado do senador. Da tribuna da Assembleia Legislativa, ele manda o recado para Roseana Sarney: “Não tem Edinho, não tem Gastão. A vaga é da Assembleia. Ela [Roseana Sarney] nos deve isso”. Para bom entender meia palavra basta e mais uma vez o parlamentar busca garantir um espaço melhor na política local, antes ele já tinha tentado ser indicado para a vaga de conselheiro do TCE.
Outra questão que passa pela vaga de senador é o PTB. Pedro Fernandes, presidente do partido e aliado de primeira hora do grupo Sarney, nunca questionou a vaga, mas seu filho, o vereador Pedro Lucas Fernandes (PTB), já buscando outros espaços e botando as asas para fora, diz que a vaga é sim da legenda e que no minimo uma discussão interna deve ser feita, para saber quem fica com a vaga e com as suplências.
Stênio que já foi da base aliada de Zé Reinaldo, hoje anda
chateado com os governistas
Fora o problema da vaga de senador, existem alguns deputados que não andam nada satisfeitos com o tratamento recebido pelo governo do estado, alguns exemplos são: Stênio Rezende (PRTB) e Francisca Primo (PT).
Rezende era do PMDB, mas trocou de partido. Quando descobriram, Remi Ribeiro, presidente do PMDB, o ameaçou de entrar na Justiça Eleitoral reivindicando o seu mandato. Desde então, Stênio não quer nem saber do governo, tanto que já avisou ao presidente Arnaldo Melo (PMDB), que se recusa a participar de qualquer reunião com a governadora.
Já Francisca Primo, apesar de ser da base governista, vem se aproximando cada vez mais de Augusto Lobato, vice-presidente do PT e membro da resistência petista. A parlamentar vem se sentindo desprestigiada e também já avisou que não irá mais as reuniões pró-PMDB.

Existem muitos mais focos de incêndios dentro da base governistas, mas esta é apenas uma amostra que a vida também não tá fácil para quem já tá no poder…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *