Já são oito quedas. Quem será o próximo?

São pouco mais de onze meses e já são oito secretários trocados, nomes que chegaram com respaldo, acabaram não mostrando trabalho e foram exonerados. Em outras situações foram acusados de corrupção e como Edivaldo Holanda Júnior (PTC) prega a transparência e honestidade em seu governo, estes estão sendo sumariamente exonerados.
Confira os casos:
                                                                         
Myrian Aguiar, a primeira a ser exonerada, era secretária de Trânsito e Transporte, não suportou a pressão sobre as cobranças de melhorias urbanas e ainda foi acusada de beneficiar empresas do setor, uma vez que a própria era proprietária de uma empresa do ramo. Myrian foi exonerado em maio. Como desculpa para sua saída, foi dito que ela estava saindo para tratamento de saúde. Informações dão conta que a até então secretária da SMTT chegou a chorar no gabinete do prefeito dizendo que não aguentava mais, tanta pressão, dessa forma não tinha outra jeito, tinha que ser mandada para casa. Na sua vaga ficou a adjunta Fabíola Aguiar.
Deborah Baesse, considerada uma das mais competentes e com melhor currículo entre os nomeados ainda em janeiro. Porém com menos de seis meses de governo, a pedagoga teve que deixar o governo. Informação oficial vinda da prefeitura de São Luís, foi que por estar ainda em estado probatório na Universidade Federal do Maranhão, Deborah teve que retornar ao ambiente acadêmico para não ser exonerada da UFMA. Saiu com a promessa de voltar no mês de setembro, fato que ainda não ocorreu, saiu sem ter sua imagem arranhada, muito menos sua competência contestada. Em seu lugar assumiu a adjunta Andréia Lauande.

A mais estranha de todas as saídas. Felipe Camarão era membro da prefeitura mesmo antes dela ser constituída, pois ele fez parte da Comissão de Transição que dialogou com a administração de João Castelo (PSDB). Com a mesma situação que Deborah Baesse, Felipe era secretário sem nunca ter assumido, diante da descoberta, teve que se afastar imediatamente da administração municipal e retornar a UFMA, onde ocupa o cargo de procurador adjunto da Universidade. Nos próximos dias deve assumir como titular, já para Prefeitura, ele nem pensa em voltar, pois acha que foi fritado por alguns. Para sua vaga foi colocado o adjunto Antônio Araújo.

A primeira saída mais desgastante da administração de Edivaldo Holanda Júnior (PTC). O competente médico Vinicius Nina, cardiologista com Doutorado e respeitado nacionalmente, ex-diretor do Hospital Universitário do Maranhão foi humilhado durante sua exoneração, chegou a ser revistado durante sua saída para saber se não estava levando nada da Secretaria Municipal de Saúde. O médico não conseguiu desempenhar o mesmo excelente trabalho a frente do HUUFMA e em junho foi exonerado. Em nota divulgada pela prefeitura, dava conta que ele tinha solicitado a saída, mas o fato foi negado pelo próprio Vinicius Nina, que hoje diz estar bem melhor, longe de toda essa confusão e que deve com certeza se arrepender de ter aceitado o cargo, uma vez que não foram lhe dadas as condições para desempenhar o seu trabalho. Em seu lugar, assumiu o forasteiro César Felix, vindo do Pará.

Ted Lago não era bem um secretário, afinal a sua pasta, Desenvolvimento Social e Econômico, nunca foi criada, mas mesmo assim era tratado como tal. Não admitindo certas posturas da administração municipal pediu para sair no mês de junho. Foi o único que o prefeito Edivaldo Holanda Júnior chegou a correr atrás para que ficasse em sua equipe. Ted disse não e hoje voltou a ficar Instituto de Cidadania Empresarial. Ninguém ocupou a sua vaga e a secretaria nem deve ser mais criada. Sua saída ocorreu em junho.

A mais desastrosa de todas as secretárias nomeadas. Fábíola Aguiar que possui mestrado e especialização na área de arquitetura e urbanismo, mostrou não entender nada de trânsito e transporte. Em quatro meses não conseguiu realizar nenhuma ação exitosa e pior, não teve trato com o meio político e com a imprensa. Não atendeu os convites da Câmara Municipal e quando foi convocada, decidiu pedir exoneração no mês de setembro. Já a imprensa, ela nem recebia. A prefeitura informou que a Universidade Estadual do Maranhão solicitou que ela voltasse de volta para a sala de aula, por conta da defasagem de professores na instituição. No entanto, todos sabem que sua saída ocorreu por conta da sua falta de preparo e competência para gerir uma das secretarias mais importantes de São Luís. Para sua vaga foi chamado Carlos Rogério, que estava como adjunto na Semosp.

Outro membro da Universidade Federal do Maranhão. Allan Kardec (PC do B) é doutor em Engenharia Elétrica, mas tanto conhecimento não serviu para fazer um trabalho limpo de acusações de corrupção. Foi alvo de muitas críticas, não suportando a pressão e não recebendo apoio da Prefeitura, resolveu pedir sua exoneração no final de outubro, o que acabou abrindo uma crise com o PC do B. Na sua despedida deixou uma carta explicando os motivos de sua saída. Para ocupar sua vaga entrou o competente e educador, ex-secretário de Habitação (não empossado), Geraldo Castro (PC do B).

Por fim, José Silveira. Todos chegavam a dizer que ele era intocável por conta da sua relação com o pai de Edivaldo Holanda Júnior. Porém, o secretário pisou na bola com a liberação de uma série de dispensas que favoreciam empresas de sua família. Acusado de corrupção, foi massacrado na mídia e no parlamento municipal. Sucumbiu em meio a tantas denúncias. Foi a primeira queda do mês de novembro, porém ainda podem ocorrer novas. Para seu lugar deve ser nomeado Antônio Banhos Neto.

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