Renúncia de Joaquim Itapary não deixará cadeira vaga na Academia Maranhense de Letras

Na última semana em um ato intempestivo, o literário Joaquim Salles de Oliveira Itapary Filho anunciou sua renúncia a cadeira de número 4 da Academia Maranhense de Letras. Ainda que alguns confrades tentem demovê-lo do ato, nada mudará na composição da Casa de Antônio Lobo, pois de acordo com o regimento e a tradição, a imortalidade é irrenunciável.

Confirmada a decisão de Joaquim Itapary, será a segunda vez na história que um imortal maranhense pediu a renúncia. Em 1979, em sinal de protesto pela eleição do médico e ex-governador Pedro Neiva de Santana, para a cadeira número 39 da Academia Maranhense de Letras, o escritor, pesquisador, folclorista e ambientalista, José Nascimento Moraes Filho, renunciou à cadeira número 37 da Academia Maranhense de Letras.

Na sua renúncia, Nascimento Moraes entregou, na secretaria da AML, o diploma e a insígnia da instituição. O saudoso escritor Jomar Morais, à época, presidente da AML, devolveu o diploma e a insígnia a Nascimento Moraes com o argumento de que “o regimento da Academia Maranhense de Letras não prevê renúncia, portanto, o senhor, Nascimento Moraes, continuará sendo considerado membro desse sodalício”.

Vaga aberta

Em breve os acadêmicos da AML vão ter que se reunir para escolher o novo imortal, a ocupar a cadeira 27, vaga desde a morte de Magson Gomes da Silva em dezembro de 2022. Sete nomes estão inscritos para concorrer a vaga. Eles são: Antônio Guimarães de Oliveira, Alexandre Maia Lago, José Carlos Castro Sanches, Hilmar Ribeiro Hortegal, Antônio Froes, José Ribamar de Castro e José Ribamar Miranda Júnior.