Roberto Rocha vai buscar reeleição com cenário semelhante ao de 2014, quando foi eleito senador

O senador Roberto Rocha (PTB), mostrou mais uma vez que é bom de engenharia política. Na quarta-feira (20), ele anunciou o então pré-candidato ao Senado, Pastor Bel (Agir36), como seu suplente, praticamente reduzindo a disputa pelo cargo ao seu nome e ao de Flávio Dino (PSB). Cenário bem semelhante de 2014, quando Roberto foi eleito. Naquela oportunidade, ele polarizou com Gastão Vieira (MDB na época).

O que difere 2014 para 2022 é que naquela eleição, a disputa para governador também era plebiscitária. Flávio Dino contra Lobão Filho, e claro Roberto Rocha saiu beneficiado. Esse ano, teremos três candidatos ao governo apoiando o senador contra Carlos Brandão que apoiará o ex-governador.

Outro fato que deve ser levado em conta é que Gastão Vieira sofreu até às vésperas da eleição para receber a indicação. Na época, ele disputava com Arnaldo Melo, o posto. Em 2022, Flávio Dino já está definido e consolidado.

Na teoria, teremos Flávio Dino apoiado pela coalizão em torno da candidatura de Carlos Brandão que serão os partidos – PSB, PT, PCdoB, PV, Podemos, PSDB, Cidadania, Avante, Patriota, MDB e PP. Porém, alguns apoiadores do governador não pretendem votar no ex-governador socialista, caso de Fábio Macedo do Podemos; Adriano Sarney do PV; Lobão Filho e Hildo Rocha do MDB, entre outros.

No caso de Roberto Rocha, ele oficialmente vai estar coligado com Weverton Rocha que terá PDT, PROS, Republicanos, PL, PTB e Agir36, mas o senador ainda tem garantido o apoio do PSD que terá Edivaldo como candidato a governador e do PSC que terá Lahesio como postulante ao cargo de chefe do Palácio dos Leões.

No entanto, alguns também não pretendem votar em Roberto como é o caso de Edivaldo Júnior que mantém preferência por Flávio e outros que não demonstram simpatia por Rocha e nem por Dino como é o caso de Wellington do Curso e Marquinhos do PSC.

Diante desse cenário, o eleitor pode ser induzido a ficar restrito a Flávio e Roberto, mas ele terá outras duas opções: Antônia do Cariongo do PSOL e Saulo Arcangeli do PSTU. Esse número pode chegar a três, caso Simplício Araújo decida lançar um nome ao Senado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *