O espírito oligárquico de Flávio Dino e o sonho de se perpetuar no poder do Maranhão

Na psicanálise existe uma frase com que façamos entender um pouco a personalidade de algumas pessoas: “projetamos nos outros aquilo que está em nós mesmos”. E através dessa teoria podemos buscar entender o espírito oligárquico impregnado no governador Flávio Dino (PCdoB), que não esconde a sua ambição de destruir por completo o poder do grupo Sarney, afinal o que aparenta transparecer é o desejo do comunista em substituir aqueles que ele disse ficar 50 anos no poder do Maranhão.

Flávio Dino dia após dia fala que Sarney viveu de benesses, forçou o povo a reverência-lo e tentou manter-se para eternidade, tudo usando a força do poder público, isso usando todos os poderes a sua disposição, inclusive a imprensa. Mas o que deixa mais evidente é a vontade permanecer no poder por tempo indeterminado, não à toa, trabalha para colocar aliados no poder e consequentemente isso iria mantê-lo, afinal estaria com uma base que lhe oferecesse segurança.

O governador comunista tem semelhantes ou traço bem mais protuberantes que seu desafeto político (José Sarney), e isso lhe deixa mais próximo da possibilidade de ser um novo oligarca no Maranhão, depois de Benedito Leite (este já reverenciado por um secretário), Urbano Santos, Magalhães de Almeida, Vitorino Freire e José Sarney.

O comunista é filho de Sálvio Dino que iniciou sua trajetória política em 1954 quando se elegeu vereador em São Luís, obtendo reeleição em 1958. Foi eleito deputado estadual em 1962, porém foi cassado na Ditadura Militar e voltou as tribunas em 1974 já pelo partido ARENA, partido aliado dos militares.

O pai de Flávio Dino ainda foi eleito em 1988 prefeito de João Lisboa, nessa época ele já estava no PMDB de Sarney. Voltou ao cargo em 1997, mas depois perdeu as eleições de 2000 e 2004.

Aliado da família Sarney, Flávio Dino cresceu vendo o pai se reunir com José Sarney e seus aliados, talvez por conta disso o comunista venha intrinsecamente praticando atos tão parecidos de um oligarca.

Já como governador, ele influenciou na indicação do meio-irmão para Secretaria de Esportes na cidade de Imperatriz na gestão de Sebastião Madeira (PSDB). Ao fim do mandato, Saulo Dino migrou para outra Secretaria, dessa vez a de Obras, esta já na cidade de Açailândia com o comunista Juscelino Oliveira.

No plano nacional, um outro irmão de Flávio Dino tentou chegar no comando da Procuradoria Geral da República. Porém Nicolao Dino não passou pelo crivo do presidente Michel Temer.

Agora membros do PT afirmam que o outro irmão de Flávio Dino, Sálvio Dino Filho, foi o responsável pela indicação de Lawrence Melo para o cargo de presidente da Agência de Mobilidade Urbana (MOB), ou seja, fica mais do que claro o poder familiar impregnado na política dos Dinos.

Para manter o seu poder, Flávio Dino usa suas mãos de ferros para controlar o pagamento de emendas parlamentares para controlar sua “base alugada}” na Assembleia Legislativa, sub-julga prefeitos através de entrega de migalhas como ambulâncias, viaturas de Polícia Militar, motoniveladoras etc.

Como também não aceitar ser contradito, Flávio Dino agora também aluga praticamente toda a imprensa local, não só mais blogs e jornais, mas também como o arrendamento de rádios e Tv´s, tudo para evitar comentários críticos a sua gestão.

Flávio Dino está cada vez mais próximo de se tornar, tudo aquilo que ele tanta critica diariamente. Deus salve o Maranhão de 50 anos na mão do comunista!

2 thoughts on “O espírito oligárquico de Flávio Dino e o sonho de se perpetuar no poder do Maranhão

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *