Denúncia! Clínica de São Luís é acusada de atrasar salários de funcionários e maus tratos a pacientes

Uma grave denúncia foi feita a este jornalista. De acordo com informações repassadas, a Clínica La Ravardiere está com os salários atrasados por pelo menos de quatro meses de diversos funcionários, entre eles enfermeiros e médicos. Pior do que a situação financeira está o tratamento disponibilizado aos pacientes do Centro de Atenção Psicossocial localizado no bairro do Olho D´agua.

Os relatos dão conta que os quase 200 pacientes internados tem dias de sofrimento e maus tratos. O almoço dos internos estaria resumido a salsicha frita em alguns dias e nos outros, frango aferventado. O café da manhã não passa de pão com o líquido preto. Nem o asseio está sendo respeitado: são disponibilizados três barras de sabão para o banho diário de 200 pacientes.

Em reação aos maus tratos e descaso da direção da Clínica, recentemente os internos promoveram um motim, o que acabou ocasionado atos violentos contra funcionários. Ao final da confusão, a enfermeira de plantão foi demitida por ter sido acusada de não controlar a “rebelião”, sendo responsabilizada pelo tumulto.

Outra denúncia grave é a informação de que os próprios membros da direção da Clínica La Ravardiere são os responsáveis por repassar aos internos, cigarros. A conduta é totalmente vedada, mas estaria sendo praticada de forma aberta.

Os funcionários já não aguentam mais a situação calamitosa que estão trabalhando, muitos relatam que não possuem mais nenhum estímulo para continuar na Clínica e estão esperando apenas o recebimento dos seus salários atrasados para pedir dispensa do trabalho. Outros reclamam que a direção sempre arruma desculpa para promover descontos nos vencimentos mensais dos servidores.

Não é a primeira vez que a Clínica La Ravardiere passa por denúncias de maus tratos. Em 2012 o relatório da 4ª Inspeção Nacional de Direitos Humanos do Conselho Nacional de Psicologia, relatou que a unidade de tratamento de saúde mental usava métodos de tortura no tratamento dos seus pacientes.

A direção da Clínica La Ravardiere precisa se pronunciar e o espaço está aberto. O Ministério Público também se deve manter vigilante.