Azul pode criar voo direto ligando o Brasil até Jamaica via São Luís
O acordo internacional firmado entre Brasil e Jamaica nesta terça-feira, 20 de agosto, em São Luís, tem como objetivo além de promover o intercâmbio cultural, a criação de uma rota permanente ligando o país a ilha caribenha. De acordo com o governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), representantes da Azul Linhas Aéreas participaram de uma reunião com os ministros das duas nações.
“A partir de hoje nasce uma grande parceria entre o Brasil e a Jamaica, com o Maranhão como protagonista. Essa parceria será muito frutífera e inclui também a ampliação de linhas aéreas, como voos daqui para a Jamaica. Não tenho dúvida que é uma jornada que vai dar certo, porque temos laços de identidade cultural que nos unem muito fortemente, como a questão do reggae, por exemplo”, declarou o governador Carlos Brandão.
Atualmente não há voos diretos do Brasil para a Jamaica e as opções mais viáveis são comprar bilhetes de companhias que fazem paradas na Cidade do Panamá ou em Miami.
Recentemente, a LATAM anunciou a rota Lima a Montego Bay, principal ponto turístico da Jamaica, que atrai turistas do mundo e navios que fazem Cruzeiro pelo Caribe.
A Azul já opera voos internacionais dos aeroportos de Belém, Recife, Belo Horizonte e Campinas para destinos americanos e europeus.
-Com base em minha experiência de 20 anos no setor, gostaria de apresentar algumas considerações sobre a viabilidade de um voo direto entre São Luís e a Jamaica.
-A forte ligação cultural entre os dois destinos é um fator positivo, mas a viabilidade econômica da rota exige uma análise cuidadosa. Considerando uma aeronave com capacidade para cerca de 180 passageiros e frequência de dois voos semanais, a isenção total do ICMS sobre o combustível pode não ser suficiente para garantir a sustentabilidade da operação.
-É crucial lembrar que a aviação civil é um setor altamente sensível à ocupação dos assentos. Diferentemente de outros produtos, a capacidade ociosa de uma aeronave não pode ser armazenada para venda posterior. Com base em minha experiência, acredito que essa rota, nas condições atuais, teria dificuldades de se manter operacional por um período superior a dois meses.
Turismo é fomento. Mais esse vôo está mais para lenda do que realidade. Lima é capital de um país, está no mesmo fuso horário da Jamaica e a uma distância aérea de 3000km e o voo não é direto feito pela Copa com conexão no Panamá. São Luis está a 4230km de distância, nosso aeroporto apesar de denominado internacional, está bem longe de sê-lo. Por fim, o custo operacional, mesmo que tenhamos um único vôo semanal, o mesmo teria que ter várias escalas para tentar ser viável e ainda assim, o valor médio do bilhete estimo entre 600 a 700 dólares , portanto não barato. Para comunidade regueira que recebeu com euforia a notícia a realidade se acontecer pode ser bem distante do poder e querer.