Disputa pela Prefeitura de São Luís em 2024, já movimenta os bastidores políticos no Maranhão

Falta 1 ano e 7 meses para as eleições municipais de 2024, quando prefeitos e vereadores vão ser escolhidos nos mais de 217 municípios. Apesar de alguns políticos soltarem o famoso clichê “ainda tá muito longe”, “agora é ano de trabalho”, muitos são os que se movimentam nos bastidores políticos visando o sucesso eleitoral. Diante desse cenário, o site www.diegoemir.com, começa uma série que será publicada todos os domingos sobre os principais pré-candidatos a prefeitos e uma analise da conjuntura política das maiores cidades maranhenses. E a primeira publicação é sobre a capital maranhense, São Luís.

A capital maranhense possui mais de 700 mil eleitores aptos a votar, logo é a única cidade do estado a possuir dois turnos para a disputa de prefeito. No histórico recente, desde 2008, todas as eleições terminaram em dois turnos, o que leva a uma intensa disputa no primeiro turno com muitos candidatos e uma junção de forças no segundo turno.

Assim foi em 2020, quando candidatos concorreram ao cargo de prefeito. Com o 2º turno entre Eduardo Braide e Duarte Júnior, quatro derrotados no 1º turno manifestaram apoio, outros quatro “cruzaram os braços”.

Em 2020, Eduardo Braide foi o vencedor com uma coalizão formada pelo então senador Roberto Rocha que tinha o PSDB, os deputados federais Aluísio Mendes que comandava o PSC e Edilázio Júnior que ainda comanda o PSD. Ainda deputado federal, Braide trouxe o Podemos e o PMN, formando uma coligação de seis partidos.

Eduardo era o super favorito, as pesquisas iniciais apontavam até uma vitória no 1º turno e para tentar reverter essa situação, o então governador Flávio Dino na época no PCdoB, incentivou diversas candidaturas com o intuito de levar a disputa ao 2º turno e tentar uma vitória na reta final.

Duarte Júnior apontado como o favorito do governador, disputou a eleição pelo Republicanos do vice-governador Carlos Brandão e do deputado federal Cléber Verde, assim como contou com a força do deputado federal Josimar de Maranhãozinho e seus partidos: Avante, PL e Patriota. Sempre aparecendo em segundo lugar, ele foi o único dentre os candidatos com apoio do Palácio dos Leões que cresceu e chegou a ameaçar a vitória de Braide.

Neto Evangelista, candidato pelo DEM, tinha como padrinho político o senador Weverton Rocha (PDT), que garantiu apoios importantes como do grupo Sarney e o MDB, do deputado federal Pedro Lucas Fernandes e o PTB e do enorme PSL, que dava um bom tempo de televisão. Ainda contou com o apoio dos presidentes da Assembleia Legislativa, Othelino Neto e da Câmara de São Luís, Osmar Filho; do deputado federal Juscelino Filho e outros, mas acabou terminando em 3º lugar.

Rubens Júnior e Bira do Pindaré foram coadjuvantes entre os candidatos de Flávio Dino, o primeiro chegou a ter apoio do PT e carregar o status de candidato do Lula, mas não ultrapassou a barreira dos 10%. Bira, isolado no PSB, ganhou mais destaque pelo hit da campanha “Biraaaaa”, do que por suas propostas, finalizou sua participação com menos de 5%.

Outros dois nomes eram colocados como aliados de Flávio Dino, Jeisael Marx e Yglesio Moyses, porém o primeiro terminou com apenas 2,76% e o segundo 1,92%.

Ainda estavam na disputa, os candidatos extremistas, Silvio Antônio da direita bolsonarista que conseguiu 3,14% e os do PSOL e PSTU, que juntos somaram 1,1%.

Agora para 2024, Carlos Brandão afirma não querer se envolver ainda nessa discussão, mas aliados apontam que dentro do Governo do Maranhão existem três tendências: seguir com Duarte Júnior, o melhor colocado nas pesquisas e com mais chances de derrotar Braide; apoiar o nome de Paulo Victor, sendo a novidade para a disputa e uma terceira opção, que seria apoiar a reeleição do atual prefeito Eduardo.

O Ministro da Justiça, Flávio Dino, acompanha de longe, mas após admitir que errou na estratégia em 2020, ele vem deixando claro que seu candidato único é Duarte Júnior.

Weverton Rocha fragilizado com a derrota de 2020 e com penduricalhos na Prefeitura de São Luís, ainda não se posicionou, diferentemente de Neto Evangelista que vem adotando uma postura bem crítica a Braide na Assembleia Legislativa.

A senadora Eliziane Gama (PSD), também segue em silêncio, aliada de Flávio Dino e Carlos Brandão, agora ela está filiada no mesmo partido de Eduardo Braide.

O site www.diegoemir.com, buscou ouvir dos possíveis pré-candidatos.

Duarte Júnior – Segundo colocado em todas as pesquisas eleitorais que avaliam o cenário de 2024, o deputado federal confirmou que é “sim” pré-candidato a prefeito de São Luís. O parlamentar informou que vai disputar a eleição pelo PSB e recebeu garantias do presidente Carlos Siqueira que ele será prioridade ao lado de João Campos em Recife e Tabata Amaral em São Paulo. O PSB caminha para formação de uma Federação com PDT e Solidariedade.

Neto Evangelista – Informou que “meu nome está a disposição da cidade”. Perguntado se ele tem feito articulações em busca de apoiadores, ele respondeu: “bastante”.

Outros que confirmaram a sua pré-candidatura foram Wellington do Curso que informou está saindo do PSC que será incorporado pelo Podemos; Yglesio Moyses atualmente no PSB, mas que considera “debate tá muito distante ainda” e Jeisael Marx que colocou seu nome a disposição do seu partido Rede e da Federação que forma com o PSOL, que “pretende ter candidatura própria”.

Outros nomes foram questionados sobre a possibilidade de disputar a Prefeitura de São Luís, mas não responderam. O único que deu uma negativa quanto a disputa de 2024, foi o vice-governador Felipe Camarão (PT), que afirmou estar totalmente focado na Educação do Maranhão.

Apesar do não posicionamento de outros pré-candidatos, o site www.diegoemir.com traz mais prováveis nomes para a disputa de 2024.

Paulo Victor – Secretário de Cultura e presidente licenciado da Câmara de São Luís, está filiado ao PCdoB, e contaria com a Federação PT/PCdoB/PV, mas avalia a mudança partidária para o PP de André Fufuca ou Podemos de Fábio Macedo, dentre outros.

Mical Damasceno – Bolsonarista declarada, a deputada estadual vem sendo incentivada a disputar a eleição em São Luís. Falta um partido para parlamentar, pois atualmente no PSD é completamente inviável sua candidatura.

Zé Inácio – Nos bastidores da Assembleia Legislativa, o parlamentar vem sendo estimulado a concorrer ao cargo. Ele está filiado no PT e teria que convencer a Federação a apoiá-lo.

Cricielle Muniz – É apontada também como pré-candidata, mas até o presente momento a petista também não declarou.

Carlos Lula – Filiado ao PSB, o ex-secretário de Saúde demonstra interesse na disputa, mas hoje avalia, que Duarte Júnior tem a preferência do seu líder político, Flávio Dino.

Márcio Jerry – Filiado ao PCdoB, chegou a ensaiar uma pré-candidatura a prefeito, mas recuou e deve acompanhar Duarte Júnior.

Pedro Lucas Fernandes – Filiado ao União Brasil. É estimulado a disputar, mas assim como foi em 2020, refuga do debate.

Edivaldo Holanda Júnior – Sem partido no momento, o ex-prefeito tem adotado o silêncio, alguns apostam que a melhor forma dele voltar ao cenário seria indicar sua esposa, Camila Braga, a ser candidata a vice de alguns dos candidatos com mais chances de vitória.

Vale lembrar que toda pré-campanha de São Luís, surgem dezenas de pré-candidatos, mas com o período eleitoral os nomes minguam. Em 2020, por exemplo o PDT chegou a ter duas pré-candidaturas Ivaldo Rodrigues e Osmar Filho, todos os dois desistiram; o PCdoB, tinha quatro nomes, sobrou só Rubens Júnior; Wellington do Curso era pré-candidato, mas foi barrado pelo partido etc.

O certo é que Eduardo Braide deve enfrentar uma oposição mais organizada em 2024, porém sabedor disso, ele tenta articular um movimento que rache esse grupo e ele tenha uma ampla frente de coalizão para a disputa.

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