Confiança do empresariado ludovicense recua em janeiro

O otimismo do comerciante de São Luís iniciou o ano de 2023 mais retraído. Após desacelerar -2,5% em janeiro, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Maranhão (Fecomércio-MA), finalizou o mês com 129,5 pontos. Apesar da queda na passagem mensal, o indicador segue com boa posição, dentro da zona de satisfação e apresenta melhora de +6,3% no comparativo com janeiro de 2022.

O arrefecimento natural em boa parte do varejo neste início do ano, após o boom de vendas de Natal e Réveillon, em conjunto com o receio da postura dos novos governantes, tanto no executivo quanto no legislativo, impele ao empresário ludovicense colocar o pé no freio neste momento. Este cenário de recuo assemelha-se à tendência das demais capitais, apresentada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cujo índice nacional retraiu -3,6% em janeiro, fechando o mês em 119 pontos.

Em São Luís, o panorama se traduz pela redução de dois, dos três indicadores que compõem o Icec, com maior peso para a leitura que o comerciante faz da economia no médio prazo e, consequentemente, das oportunidades para o seu negócio. Na variação mensal, o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC), que avalia o horizonte para os próximos seis meses, fechou o mês com a maior redução (-5,1%), deslocando o indicador de 161,9 para 153,6 pontos. Mesmo com a queda, o IEEC mantém-se no melhor patamar de otimismo entre os índices que compõe a pesquisa.

“O atual momento de incertezas na economia nacional, juntamente com a dificuldade de acesso ao crédito devido às altas taxas de juros, tem se configurado como um ponto de entrave para que o empresário enxergue um horizonte mais positivo para melhorar sua performance, sobretudo por meio de investimentos”, explica o presidente da Fecomércio-MA, Maurício Feijó.

Com um desempenho da atividade econômica melhorando a passos lentos, o Indicador de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), que demonstra a predisposição do comerciante em incrementar o seu negócio, apontou variação negativa de -3,4%, sinalizando uma possível dificuldade do empresário de acesso ao crédito para investir na sua capacidade produtiva e, consequentemente, de folga financeira para contratação de novos funcionários. Apesar do recuo na passagem mensal, dada a estagnação do comércio em janeiro, o IIEC posiciona-se em condição otimista com 116,6 pontos.

Por outro lado, o Icec mostrou que o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio apresentou melhora em janeiro com crescimento de +2,1%, saltando de 115,9 para 118,4 pontos. As boas expectativas para as vendas natalinas com a maior parcela da população preferindo pagar suas compras à vista, conforme apontou a Pesquisa de Intenção de Consumo para o Natal 2022, podem ter contribuído para que o comerciante pudesse enxergar de forma mais positiva a sua condição atual.

Este fôlego avistado pelo comerciante ludovicense, mesmo em um mês de estagnação, é creditado às vendas dos setores de bens semiduráveis (vestuário, calçados, perfumaria e cosméticos etc.) e não duráveis (alimentação) durante as festividades de fim de ano.

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