Vereador Estevão Aragão defende criação de Centro de Testagem para H1N1 em São Luís

A criação de um Centro de Testagem para casos suspeitos de H1N1 é uma das principais reivindicações do vereador Estevão Aragão (PSDB) ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) e ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Ele garante que o tema terá prioridade na pauta da próxima plenária na Câmara Municipal.

Segundo o vereador, o motivo são as denúncias de vários profissionais de saúde das redes estadual e municipal sobre casos de H1N1 e até de mortes não notificadas ao Ministério da Saúde.
Recentemente, o jornal Folha de São Paulo publicou a seguinte manchete: “Maranhão enfrenta surto de H1N1 em meio à crise de coronavírus”.

“Vale lembrar que, enquanto o Governo do Estado cria um Centro de Testagem para casos suspeitos de coronavírus, maranhenses estão morrendo vítimas de H1N1 nos hospitais públicos”, declarou o vereador Estevão Aragão.

Até o momento, a única informação sobre casos de H1N1 na mídia local foi divulgada no dia 12 deste mês, pela Secretaria de Estado da Saúde, informando que o número de casos confirmados subiu para 15. Outros dois casos suspeitos estariam sendo investigados. Na quarta-feira (11), uma criança de dois anos morreu após ser diagnosticada com a doença. Cinco idosos que tiveram contato com o paciente foram medicados.

De acordo com o Governo do Estado, até o momento, três pessoas morreram pelo vírus H1N1 no Maranhão (2020). Em relação à higiene preventiva, as recomendações que o órgão faz são similares às indicadas à prevenção ao coronavírus, como lavar as mãos várias vezes ao dia e utilizar o álcool em gel.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, trata-se de duas crianças que deram entrada na Unidade de Pronto Atendimento do Araçagi. Após a notificação, houve coleta de material e foi iniciada a medicação específica, conforme protocolo do Ministério da Saúde.

O órgão anunciou a antecipação da campanha de vacinação contra a Influenza, para o grupo de crianças de 6 meses a 5 anos, 11 meses e 29 dias, no estado, logo na primeira fase da campanha, com o grupo prioritário de idosos e trabalhadores de saúde. A campanha terá início na próxima segunda-feira (23), nos postos de vacinação.

Em tratativa com o Ministério da Saúde desde a semana passada, a Secretaria dialogou sobre as aplicações da medida de antecipação da vacinação para o grupo de crianças de 6 meses a menores de 6 anos para esta população considerada mais vulnerável contra o Influenza. A meta é vacinar, pelo menos, 90% de cada um dos grupos prioritários. No Maranhão, o total de vacinas para todas as fases é de 2.233.200 doses.

A solicitação de antecipação da vacinação foi encaminhada para Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, bem como o envio das doses previstas, que correspondem a 686.000 doses a mais, a fim de realizar a imunização. Para o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, uma das aplicações práticas da medida de antecipação da vacinação para o grupo de crianças de 6 meses a menores de 6 anos é proteger esta população considerada mais vulnerável contra a influenza.

“A medida direciona-se para reduzir as complicações, as internações e a mortalidade, por exemplo, decorrentes de infecções causadas pelo vírus da influenza. Nesse contexto, a SES entendeu que seria oportuno antecipar a vacinação para o grupo de crianças de 6 meses a menores de 6 anos no Maranhão”, destacou o secretário Carlos Lula.

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a infecção pode levar ao agravamento e ao óbito, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco para as complicações da infecção (crianças menores de 5 anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais).

Sobre as precauções, em caso de doenças febris agudas, moderadas ou graves: recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro, com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença. A vacina da rede pública previne contra três tipos de vírus Influenza, sendo dois do tipo A (H1N1 e H3N2) e um do tipo B.

A Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Departamento de Doenças Imunopreveníveis, iniciou esta semana a entrega de 522 mil doses da vacina contra a influenza para as 18 Unidades Regionais de Saúde (URS), bem como os municípios da Região Metropolitana.

Vacinação contra influenza

23 de março (1ª fase) – Idosos (60 anos e mais), trabalhadores da saúde e crianças de 6 meses a menores de 6 anos.

16 de abril (2ª fase) – Professores das escolas públicas e privadas, profissionais das forças de segurança e salvamento e Portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.

9 de maio (3ª fase) – Gestantes; Puérperas; povos indígenas; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas; população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional e adultos de 55 a 59 anos de idade e pessoas com deficiência.

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