Governo tenta justificar gasto de R$1,186 mi com construção de passarelas no Cujupe
Após a ampla repercussão que ganhou a matéria sobre o gasto do governo Flávio Dino com a construção de duas passarelas no Terminal do Cujupe, a Secretaria de Comunicação enviou uma nota tentando explicar o uso dos recursos:
A EMAP – Empresa Maranhense de Administração Portuária informa que o valor da primeira fase da obra de melhorias do Terminal do Cujupe obedece o estabelecido pela tabela do SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil, fonte oficial para pesquisa de custos da construção civil no Brasil, tendo sido licitada rigorosamente de acordo com a Lei 8666/90. A EMAP obteve redução de R$ 280 mil entre o valor orçado e o executado.
O plano de melhorias no Terminal do Cujupe integra o Plano de Investimentos da EMAP anunciado no início deste ano (2016/2018), com R$ 255 milhões em recursos próprios para aplicação em infraestrutura e ampliação da capacidade de operações do Porto do Itaqui e dos terminais delegados.
Projeto
A rampa norte foi duplicada e adaptada ao novo projeto, com substituição e ampliação das estruturas metálicas e cobertura, sistema elétrico e aterramento, para atender embarque e desembarque de forma simultânea. Já na rampa sul foi construída toda uma nova estrutura. A passarela de acesso à rampa norte ocupa uma área total construída de 173 metros e a de acesso à rampa Sul uma área de 191,80 metros (área coberta linear).
As passarelas contam com estrutura e corrimãos em tubo de aço galvanizado, guarda corpo com pintura em primer e esmalte sintético; cobertura em telha de aço zincado ondulado com pintura em esmalte acetinado sobre primer. O sistema de iluminação possui luminárias blindadas fluorescentes com reator integrado e lâmpadas de 23W com alimentação via eletroduto de PVC do prédio principal do terminal até os pontos finais de iluminação.
Se nós pegarmos a área total informada de 364,80m2 e multiplicarmos pelo maior índice do SINDUSCON – MA para residências de alto luxo, que é de R$ 1.789,68 o valor total da obra deveria ser de aproximadamente R$ 653.000,00 se levarmos em consideração o custo básico do SINAPI que é de R$ 971,38 para o Maranhão o valor da obra deveria ser de pouco mais de R$ 350.000,00.
Falta computar o lucro que aumentaria esses valores em aproximadamente 5%.
Ou os dados informados estão errados ou….
Sem contar que eles reaproveitaram muito do que já existia lá. Absurdo, kd a secretaria da transparência? Isso é roubo do dinheiro público.