Médicos querem a exoneração do secretário municipal de Saúde

Para quem pensa que a carta entregue e a reunião realizada com o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), por parte do Sindicato dos Médicos e do Conselho Regional de Medicina, é simplesmente uma cobrança de salários e melhores condições de trabalho, engana-se ou simplesmente está tentando tapar o sol com a peneira. Os profissionais da saúde foram bem claros nas suas reivindicações, querem um novo gestor no setor da saúde, afinal se essa não fosse a proposta, os médicos não procurariam Edivaldo de forma direta, mas sim o secretário municipal de Saúde, César Félix, o qual já deu provas que não consegue resolver o problema de sistema público de saúde municipal.
César Félix sabe que sua queda da Semus é
uma questão de tempo
A verdade é que a classe médica não aceita mais César Félix como gestor da saúde e isso ocorre desde junho, quando ocorreu a sua nomeação. O secretário não é médico e é oriundo de uma cidade de menos de 30 mil habitantes, Canaã dos Carajás, por lá, ele administrava um hospital. 
A pressão exercida pela classe médica é tão forte, que o prefeito já cogitou trocar o diretor do Socorrão I, Érico Cantanhede por conta de sua incompetência e má-gestão, pelo bioquímico Marcelo Rosa que era o diretor administrativa na gestão de Yglésio Moyses, mas temendo uma reação dos profissionais da medicina, Edivaldo recuou e vai mantendo Cantanhede, enquanto não encontra um novo nome da área para substituí-lo.

Na carta entregue ao prefeito, tanto o CRM como o SINDMED são bem claros e deixam recado:

“Hospitais superlotados com pacientes graves atendidos em corredores e macas, associado a um desabastecimento crônico de insumos geram um cenário de caos no atendimento médico, se constitui em um desrespeito à dignidade humana e fere os incisos III, IV e V do Capitulo II – Direitos dos Médicos – do Código de Ética Médica.


Diante dessa situação espera-se que sejam adotadas medidas urgentes, de forma clara e objetiva, por parte dos responsáveis pela pasta da Saúde e da Administração municipal no sentido de garantir a assistência médica aos usuários do SUS”.


É perceptível que a mensagem tem endereço certo, tanto que chegam a citar o código de ética médico, para deixar mais explicito, que talvez o atual secretário de Saúde não tenha conhecimento sobre a profissão.

Para os médicos que fizeram a reivindicação já existe até o nome para ser apresentado ao cargo, seria o vereador Gutemberg Araújo (PSDB), que inclusive participou da reunião, junto com os líderes Adolfo Paraíso do SINDMED e Abdon Murad do CRM. Porém o tucano foi gestor por quase três anos (maio de 2009 a março de 2012) na gestão de João Castelo (PSDB), o que inviabiliza completamente a possibilidade.

César Felix vem balançando sistematicamente no cargo, inclusive membros da prefeitura informam que ele já não manda em nada na secretaria, mas sim o adjunto Israel Correa. Apesar de ter conhecimento disso, Edivaldo Júnior também adia essa troca, que irá ocorrer naturalmente, mas ele espera o momento certo para evitar um novo desgaste e ganhar tempo também para escolher, dessa vez, o nome certo para gerir a saúde municipal.

1 thought on “Médicos querem a exoneração do secretário municipal de Saúde

  1. Não são apenas os médicos q estão insatisfeitos com os gestores dasaúde da nossa capital. O secretário está retornando para 10 plantões a carga horária dos profissionais de saúde não- médicos( nutricionistas, fisioterapeutas). Essa elevação da carga horária representa um pior desempenno dos funcionários. Uma vez q ficam sobrecarregados de plantões em uma unidade hospitalar insalubre, sem mínimas condições de trabalho, com equipamentos ultrapassados e falta de medicamentos essenciais.

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