Troque seu cachorro por uma criança pobre

O assunto que ganhou maior evidência durante a semana no país foi o Instituto Royal e a raça de cachorros Beagles. Uma onda de comoção tomou conta do Brasil nos últimos dias. Milhões choraram e condenaram os maus tratos contra aqueles cachorrinhos fofinhos, que eram usados para testes científicos. Outra parte aproveitou para questionar, “mas como faremos os testes farmacológicos se não em animais?“. 

Alheio a esse debate, pelo menos nesse texto, o que me indigna e faz com estas linhas sejam discorridas é como o sofrimento de cachorros comovem tanto uma sociedade, ao passo que milhares de crianças que vivem nas ruas e são exploradas diariamente, não recebem nem a metade da atenção desses ativistas. Pelo contrário o que acontece com muitas, acaba sendo tratadas como um ato banal e comum.

Tenho certeza que tem muita criança por aí que gostaria de levar uma vida de cão. 
Não é de hoje, que questiono essa postura de alguns, que insistem proporcionar um padrão de vida europeu a alguns animaizinhos domésticos. É claro que o dinheiro privado, cada um usa como bem entender, mas não é por isso que não deve haver uma reflexão sobre como infelizmente algumas crianças levam o padrão de vida estilo África subsaariana e muitos nem se importam.
Que muitos ativistas que invadiram o Instituto Royal, invadam também fazendas que exploram humanos no corte de cana e outros trabalhos, que tomem as ruas e tomem atitudes mais humanas, e menos caninos. 
Sem sombra de dúvida, a história de várias pessoas, tornariam-se mais nobres, caso adotasse a postura de trocar o seu cachorro por uma criança pobre. Em tempo aproveito para deixar claro, que acredito que animais merecem sim, carinho e atenção, mas também que se dê guarita a uma criança, principalmente a elas.

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