Cenário eleitoral de 2006 pode ser repetido em 2014 na disputa pelo governo

Diante das movimentações políticas, tudo indica que o cenário político para a disputa de governador pode ser semelhante a de 2006, quando quatro nomes de peso estiveram na disputa. A questão é que oito anos atrás, as candidaturas de Jackson Lago (PDT), Edson Vidigal (PSB) e Aderson Lago (PSDB), foram colocadas propositalmente para levar a disputa ao segundo turno e assim garantir a vitória de Jackson contra Roseana Sarney (PMDB).

Eliziane Gama vai na marra igual a sua
candidatura a prefeitura de São Luís

 Hoje a história é bem diferente, Flávio Dino (PC do B), principal nome da oposição maranhense vem lutando para que a disputa seja plebiscitária e não deseja a entrada de outras candidaturas para o pleito do próximo ano. Apesar do seu esforço, Hilton Gonçalo (PDT) e Eliziane Gama (PPS), já anunciaram que vão entrar na briga pelo governo estadual.

Ao contrário do que aconteceu em 2006, essas novas candidaturas não favorecem o principal candidato da oposição, pelo contrário divide seus votos e ainda pode custar uma disputa sendo levada ao segundo turno. Hoje nas pesquisas divulgadas o ex-prefeito de Santa Rita aparece entre 6% e 8%, já a deputada estadual delimita praticamente o mesmo número.

Nenhuma simulação foi feita até o momento com os quatro candidatos, mas acredita-se que a consolidação desses dois nomes trará mais prejuízo a candidatura comunista do que a de Luís Fernando (PMDB), apesar de que, hoje ele ainda patina na casa dos 15%.

Hilton Gonçalo diz que não tem vocação para o legislativo, por
isso sua candidatura ao governo estadual é irreversível

Eliziane e Hilton estão empolgados, ambos dizem que vão chegar ao segundo turno e podem vencer Flávio Dino, porém os dois ainda enfrentam dificuldades. A deputada estadual precisa de apoios, hoje ela tem apenas o PPS, porém ela já conta com uma sinalização do PSDB, o que pode garantir sua candidatura. Pelo lado do ex-prefeito de Santa Rita, a missão é um pouco mais árdua, apesar de inúmeros convites, ele ainda não tem um partido que lhe dê legenda, o que dificulta, por enquanto, a sua costura de alianças.

Independente de quem seja o beneficiado no tabuleiro político, quem vai ganhar no final das contas vai ser democracia, que vai proporcionar ao eleitorado, mais propostas e programas de governo, garantindo a pluralidade da disputa. E para garantir essa vitória, o discurso vai ter que ser para além da “renovação” e de “combater a família Sarney”.

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