Dois de abril de 1989, um domingo chuvoso em São Luís, foi o dia que dei minha primeira manifestação nesse mundo, que vivia verdadeiras ebulições. No Brasil, a população vivia a expectativa de voltar a eleger um presidente de forma direta e no planeta, finalmente caía o muro de Berlim que separava as duas maiores potências mundiais, EUA e União Soviética. Hoje, 35 anos depois, muita coisa mudou, principalmente no aspecto tecnológico, mas outras continuam muito iguais, quando se trata de rivalidades, busca por Justiça e democracia.

Desde então, o Brasil elegeu 5 homens e 1 mulheres para conduzir o país; o Maranhão teve a primeira mulher do país como governante; São Luís deixou de ser um domínio do PDT, após mais de 30 anos.

A forma de se comunicar mudou, hoje uma mensagem resolve algo que só poderia ser feito através de atos presenciais. Noticiar não é mais exclusividade das tvs, rádios e impressos, estes últimos, lamentavelmente, estão quase virando artigo de museu.

No esporte, o Brasil se consolidou como a pátria do futebol após três finais seguidas em 1998, 2002 e 2006, e consequentemente pentacampeonato. Mas hoje, já não é a mesma coisa, a nova geração prefere os jogos eletrônicos.

A convivência entre as pessoas mudou, as piadas racistas, homofóbicas, machistas, perderam a graça e não adianta vir com argumento que o mundo ficou mais chato por conta disso. Na verdade, o que aconteceu, foi que passamos a entender mais de gente e perceber que palavras e atitudes preconceituosas matam tanto quanto a bala, faca etc.

E assim poderia continuar enumerando, dezenas, centenas de mudanças ao longo dos últimos 35 anos. Descobri recentemente que sou um Millenial, mas já estou ultrapassado pelas gerações Z e Alfa, não à toa, confesso que acho estranho quando converso com uma pessoa nascida no ano 2000 para cá, afinal parece que o tempo passou voando.

Completo 35 anos, agradecendo a Deus pela vida e por tudo que foi oportunizado viver ao longo dessas três décadas e meia, as quais promoveram sensíveis mudanças na forma de viver. Diria que apenas a vontade de continuar vivendo continua cristalizado em meu interior, o resto segue em plena transformação como tudo…

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