Troca de escova dental é fundamental na prevenção de doenças bucais que afetam 45% da população mundial

O compartilhamento de escova dental não é considerado um hábito saudável, mas esse não é o único alerta que merece atenção quando falamos desse item de higiene.

Além de ser um ponto de acúmulo de bactérias, uma escova de dentes desgastada não é capaz de remover impurezas e pode provocar uma série de problemas bucais, como o mal hálito devido à não remoção de sujeiras nos cantos entre os dentes, ou desenvolvimento de placa bacteriana, retração gengival e, em casos mais graves, perda dos dentes.

A dentista e coordenadora do curso de Odontologia da Unime Lauro de Freitas, Ana Isabel Fonseca, destaca a importância de trocar o item regularmente e explica o porquê. “A higienização inadequada dos dentes favorece a multiplicação de microrganismos, deixando os dentes suscetíveis à desmineralização e a cavidade bucal contaminada por agentes contagiosos. Dessa forma, a troca da escova dental é fundamental, já que, pode conter microrganismos infecciosos. O uso constante deste utensílio de higiene bucal também exige que sua substituição aconteça de forma regular”, alerta.

Para conservar a qualidade das escovas, é necessário preservá-las em um ambiente que permita a secagem completa entre um uso e outro, pois a umidade constante contribui para a cultura de germes, fungos e bactérias que se multiplicam com o decorrer do tempo. Após a higienização bucal, é preciso lavá-las em água correte e guardá-las em pé. A recomendação da dentista é para que a substituição do item aconteça a cada três ou quatro meses, sempre que as cerdas estiverem com o aspecto gasto.

Infecções

Quando o indivíduo passa por um período de doenças respiratórias, como a gripe ou a Covid-19, ou enfrenta infecções na boca e dores de garganta, é aconselhado fazer a troca das escovas de dente. Os germes e vírus relacionados ao problema de saúde podem se alojar nas cerdas, mesmo que estejam novas, e causar a reinfecção depois da recuperação. Para evitar a contaminação de uma escova para a outra, é preciso utilizar porta-escovas com fendas para que uma peça não entre em contato com as outras do mesmo banheiro.

Escova elétrica

As escovas dentais elétricas têm a mesma capacidade de limpeza das convencionais e são indicadas para pessoas com problemas motores, por permitirem a limpeza dos dentes com menos movimentação das mãos. A troca também deve ser feita periodicamente e, de preferência, a cada três meses de uso, porém, apenas a cabeça da peça com as cerdas deve ser substituída.

Geralmente, o indicado por especialistas é a escolha de cerdas macias para a higienização completa sem danos à gengiva ou desgaste do esmalte dental. A avaliação de um dentista qualificado irá auxiliar na escolha de escovas de dentes apropriadas para cada pessoa, de acordo com o tamanho da boca e da arcada dentária.

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