Janeiro Branco e conscientização da busca pela saúde mental durante todo o ano

Por Fábio Macedo 
Sempre fazemos planos para o começo do ano, traçamos metas profissionais, prometemos cuidar do corpo, fazer mais exercícios físicos e nos alimentar bem. Mas, dentro de todos esses planos, tem um que sempre deixamos um pouco de lado, que é a nossa saúde e bem estar mental e emocional. Precisamos nos sensibilizar que para realizar todos os outros objetivos, a saúde mental precisa ser prioridade.
O Janeiro Branco, nos dá a perspectiva de que precisamos começar o ano cuidando da nossa mente e corações e estender esse cuidado ao longo de todos os meses.
O Brasil é o país mais ansioso do mundo, segundo dados levantados pela Organização Mundial de Saúde ( OMS) e Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), tendo cerca 19,4 milhões de pessoas com ansiedade, o que representa 9,3% da população. Além disso, está em 5° lugar no ranking de depressão mundial, com cerca de 5,8% da população sofrendo com a doença, num total de 11,5 milhões de casos.
Ainda trazendo mais dados, é certo afirmar que tivemos aumentos expressivos, nos casos de depressão e ansiedade durante a Pandemia da Covid-19. Uma pesquisa realizada em 2021 pela Universidade de São Paulo(USP), mostrou que o Brasil registrou 63% de casos de ansiedade e 59% de depressão.
Nossos grandes índices de desigualdades sociais, a insegurança alimentar, a falta de emprego e as violências atribuídas, principalmente, contra minorias e pessoas em vulnerabilidade social, contribuem ainda mais com esses dados alarmantes sobre doenças mentais e emocionais.
Por todo esse panorama, meu compromisso como deputado federal, é lutar por mais políticas públicas de saúde mental para a nossa população. É preciso fortalecer a nível nacional toda a cadeia que envolve a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), urge um orçamento robusto para financiar hospitais psiquiátricos e ambulatórios de atendimento .
Outra frente que precisa ser levada em extrema consideração é a prevenção com campanhas de conscientização e sensibilização dos casos. A saúde mental precisa fazer parte dos diálogos diários das escolas, família e trabalho.
Depressão e ansiedade não são frescura, falta de amor ou de Deus, e sim, doenças que precisam de tratamento e acompanhamento médico adequados.
Emprego, renda, lazer, educação, moradia, esporte e segurança também devem ser políticas incorporadas à saúde mental. Afinal, o bem estar que tanto prezamos, envolvem um conjunto de fatores e todos eles são direitos básicos garantidos em nossa constituição.

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