Longe do cenário eleitoral, José Dirceu se movimenta no universo político em defesa da democracia
(*) Waldir Maranhão
Na madrugada desta quinta-feira, 17 de março, fui surpreendido com a entrevista o ministro Ciro Nogueira, da Casa Civil, ao jornalista Pedro Bial (“Conversa do Bial”), da Rede Globo. Minha surpresa não foi com a entrevista em si, mas com algumas declarações do licenciado senador do Progressistas.
Em determinado trecho da entrevista, o ministro cita a ex-presidente Dilma Rousseff e a deputada federal Gleisi Hoffmann, ambas do PT, como entraves à campanha de Lula ao Palácio do Planalto. “Esse é o problema, ele não pode fazer campanha”, disse Ciro.
Na entrevista, Ciro Nogueira ecoou a estratégia do presidente Jair Bolsonaro para atacar Lula, seu principal adversário na eleição que se avizinha. Bolsonaro já disse que Dilma e José Dirceu serão nomeados ministros em eventual novo governo do PT. A entrevista foi ao ar um dia após Dirceu comemorar seu aniversário de 76 anos.
A mim não cabe julgar quem quer que seja, papel que cabe à Justiça, mas Ciro Nogueira deveria considerar que Dirceu foi o melhor chefe da Casa Civil desde a passagem do general Golbery do Couto e Silva pelo cargo, à época da ditadura militar, nos governos Geisel e Figueiredo.
A vitória nas urnas na eleição de 2002 o ex-presidente deve a José Dirceu, que naquele ano coordenou a campanha do petista.
Longe dos holofotes, José Dirceu está em plena atividade política e conversando com lideranças de diversas correntes ideológicas em busca de uma coalizão em nome da democracia. Em outras palavras, Dirceu trabalha para evitar a reeleição de Bolsonaro.
Alvo de críticas das mais distintas, principalmente dos adversários políticos, José Dirceu é experiente o suficiente para não embarcar no clima de “já ganhou” que vinha dominando o entorno de Lula. Dirceu sabe que é preciso cautela e empenho para evitar que a democracia continue sendo ameaçada.
José Dirceu não está trabalhando na pré-campanha de Lula, mas conversando com expoentes da política, da esquerda à direita democrática, para preservar a democracia, com mencionei acima.
José Dirceu fez um giro pelo Nordeste, onde conversou com aliados e possíveis apoiadores de Lula, sempre em nome da democracia. Coincidência ou não, no Nordeste o presidente Bolsonaro não sairá vitorioso na próxima disputa eleitoral. Isso o ministro Ciro Nogueira admitiu na entrevista a Bial.
Em artigo publicado no último dia 25 de fevereiro no site “Poder 360”, o ex-chefe da Casa Civil defendeu a criação de uma federação com partidos de esquerda e uma aliança de amplo espectro, com lideranças política, econômicas e sociais.
“Porque sem organização, mobilização e formação de uma consciência política popular não venceremos e, se vencermos, não governaremos”, escreveu Dirceu.
Gostem ou não os críticos, José Dirceu tem experiência política a ponto de lhe permitir transitar em todos os terrenos ideológicos. Inclusive em redutos frequentados por alguns que votaram por sua cassação e pelo impeachment de Dilma Rousseff.
Waldir Maranhão é um oportunista querendo voltar às glórias do poder. José Dirceu não é pró-democracia, ao contrário, Cuba e Venezuela são dois exemplos que o Brás deveria seguir. Eu ñ tenho dúvidas de que o PT voltar ao Planalto. As lições que eles aprenderam das ditaduras amigas, serão ou tentarão ser implantadas no Brasil.
Waldir Maranhão que voltar ao Parlamento. Padece da chamada Síndrome da Abstinência de Poder.
Esse Mané nada aprendeu com a rasteira que recebeu de Lula e Flávio Dino em sua então pretensão de ser candidato ao Senado. Usaram e depois descartaram o Mané WALDIR MARANHÃO.
2022 é Ano Eleitoral. Waldir vai continuar sem Mandato, à disposição do Ministério Público e do Judiciário, respondendo por seus atos e omissões.
Simples Assim, Mané Waldir.