Morre aos 88 anos, o padre francês radicado em São Luís, João de Fátima
Morreu nas primeiras horas desta quinta-feira (17), aos 88 anos, o Padre Jean Marieu Lecornu, mais conhecido como João de Fátima. Ele era francês e estava radicado em São Luís desde 1970, atuando em diversas comunidades da capital, dentre elas o Bairro de Fátima e o Parque Pindorama, através do projeto desenvolvido no Sítio Piranhenga.
Padre João de Fátima completaria no próximo sábado, dia 18, 89 anos de vida. Nos últimos anos, ele sofreu muito com a saúde fragilizada e estava internado no Hospital São Domingos. O seu corpo será velado na Igreja de Nossa Senhora de Fátima no Bairro de Fátima, o enterro ainda não foi divulgado.
Padre João de Fátima nasceu em 18 de dezembro de 1932. Era Bacharel em Letras e Filosofia, formado no Grande Seminário de Saint Súplice, em Paris e ordenado sacerdote em 29/06/1960, na Catedral de Notre Dame, onde foi vigário na igreja de São Pedro (Saint Pierre). Um ano depois é nomeado Capelão de um grande colégio público, o Lyrée Ambroise Pare, e finalmente é levado ao trabalho ministerial missionário que o levou ao Brasil.
Em janeiro de 1970, Após quatro meses de estágio no Rio de Janeiro, chega a São Luis e assume a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima.
Em terras maranhenses, o Padre João de Fátima Maranhão Brasil, movido pela preocupação com a vulnerabilidade e riscos sociais que estavam sujeitos a juventude da comunidade em que trabalhava, funda juridicamente em 1982 a CEPROMAR (Centro Educacional e Profissionalizante do Maranhão) que na prática funciona há mais de 30 anos, desde sua chegada ao Brasil.
Por ser o precursor deste trabalho e atualmente Diretor fundador da CEPROMAR, que atua efetivamente na transformação da desigualdade que se verifica nas periferias de São Luís, que o Pe. João de Fátima recebeu em 2011, o título de “Cidadão Ludovicense”. Foi também condecorado pelo presidente francês com a “Cruz Le Mérite”, como reconhecimento ao grande trabalho social desenvolvido no Brasil.
Nota: Eu, Diego Emir, editor deste blog, lamento profundamente a morte do Padre João de Fátima, o qual foi responsável pelo meu batismo no inicio da década de 90 na Igreja de Nossa Senhora de Fátima no bairro em que leva o mesmo nome.
Mesmo após o batismo, o contato foi mantido com o sacerdote, pois Padre João de Fátima foi o responsável por celebrar missas no terraço da casa da minha vó, Algecira Pereira da Silva (in memoriam), que lutou arduamente por anos para construir a Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Pe João de Fátima foi um homem abnegado, deixou suas origens na França para se dedicar a causas nobres em São Luís e principalmente em regiões onde a pobreza sempre gritou.
Padre Jean Marieu Lecornu ou simplesmente Padre João de Fátima, será lembrado eternamente pelo trabalho deixado no plano físico. E no plano espiritual com certeza um bom lugar está guardado para o nobre sacerdote.
Un grand homme au cœur immense s’est éteint. Paix à son âme. Merci pour votre œuvre Padre. Condoléances attristées.
Deixar muitas saudades e palavras de sabedoria e santidade
Sempre que morre um padre ou seja um pastor de Deus,nós igreja católica ficamos mais pobre.Os padres são mais que pastores que nos leva os ensinamentos de Deus,sao também administradores fiéis de nossos bens materiais.Lamento por você também senhor Diego que certamente perdeu seu pai espiritual na vida terrena.
Vá en paz en nome de Jesus Cristo wue descace en paz
Benildes, professora, muitas vezes levei meus alunos ao Cepromar e fomos recebidos por ele calorosamente
Ele vai fazer muita falta foi ele que batizou os meu dois filhos. Quero
o senhor descanse em paz . E vai pra o reino da gloria.
Je ne sais pas pourquoi cette mort m’a fait pleurer…
Adieu, mon père!…
Le Padre Joao était un cousin. Je l’ai toujours admiré depuis mon enfance. En apprenant son décès hier soir, mes yeux se sont emplis de larmes, mais mon coeur a retrouvé Jean dans sa joie d’être désormais auprès de Celui qu’il servait, – Celui dont l’amour doit tous nous réconforter. Demandons à Jean de prier pour nous maintenant. Merci Jean !
Père Jean, je n’oublierai jamais ton chaleureux accueil quand j’ai débarqué à Sao Luis en 1998 et mon premier mokoto en ta compagnie. Repose en paix