São Luís amanhece sem ônibus. Greve escancara caos no transporte público da capital

O Sindicato dos Rodoviários comunicou na semana passada, greve por tempo indeterminado de motoristas e cobradores de ônibus em São Luís, a partir desta quinta-feira (21), por conta das perdas salariais. Os empresários informaram que não podem oferecer nada com a tarifa a R$3,70 e sem subsídio da Prefeitura. O prefeito Eduardo Braide afirmou que não vai aumentar a tarifa e buscou a Justiça do Trabalho para garantir os ônibus circulando. Todos esses elementos são o enredo de um prenúncio do que representa o caos do transporte público da capital escancarado com uma cidade parada por não ter coletivos circulando nesta manhã.

A greve dos motoristas e cobradores é apenas o iceberg do gigante problema do transporte público de São Luís, que se mostra obsoleto, ineficaz, inseguro e completamente incompetente para atender uma população de mais de 1 milhão de habitantes, sendo que quase metade depende dos ônibus diariamente.

São Luís que possui apenas os ônibus como transporte público, acumula um dia de muito prejuízo, principalmente no comércio, já tão penalizado com a pandemia da covid-19 desde março de 2020.

Mas tudo isso é resultado de uma gestão municipal que vendeu esperança e promessas durante a disputa eleitoral, e agora não consegue solucionar simples problemas como garantir ônibus com ar-condicionado para população, transportes coletivos que não peguem fogo etc.

Por meio de uma nota, a Prefeitura de São Luís informa que a Procuradoria Geral do Município, tendo em vista o descumprimento da decisão judicial – que garantia o percentual mínimo de 90% da frota de ônibus nas ruas – já acionou a Justiça do Trabalho para que os ônibus voltem a circular na capital. Dentre as medidas requeridas pela Prefeitura está a determinação de que o serviço seja prestado em sua totalidade, com 100% da frota em todas as linhas e horários, com imediato restabelecimento do serviço.

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