Gastão Vieira repudia fala de Bolsonaro que comemorou tortura sofrida por Dilma
Gastão Vieira repudiou a fala de Bolsonaro que comemorou o fato que Dilma Rousseff foi torturada durante a ditadura militar. O deputado federal ainda destacou a trajetória da ex-presidente e afirmou que Bolsonaro sempre foi conhecido pelo seu linguajar rude, apenas isso.
Confira na íntegra a declaração:
Deus me permitiu ter grandes oportunidades, gerenciar cargos importantes, ser Ministro de Estado do meu país. Conheci Bolsonaro, como deputado federal, com ele convivi por dez anos. Nunca quis nenhuma aproximação. Não era ninguém e só se notabilizava pelo linguajar rude, sem conhecimento de nada. Era desprovido de qualquer sentimento de solidariedade, e fazia questão de elogiar a tortura, os atos mais nefastos da ditadura militar. Pelos meus méritos, reafirmo, cheguei a Ministro de Estado do Turismo, depois que a presidente Dilma rejeitou os nomes sugeridos pelo PMDB. Durante 36 meses, trabalhei com ela. Culta, honesta, foi derrotada pelos inúmeros interesses dos que cercavam seu governo, culminando com seu impeachment tramado pelo seu vice presidente e todas as forças políticas do país. Ali nasceu Bolsonaro, interpretando muito bem o sentimento de raiva contra o PT. Dilma foi presa com menos de 18 anos, torturada nas dependências do exército em SP. Várias vezes percebi as consequências que carregava daquele período. Fiquei com a certeza que foi duramente torturada. Certa vez, discursando no Plenário Bolsonaro a ela se referiu em termos tão baixos que senti vergonha de ter ouvido. No dia da votação do seu impeachment homenageou seu torturador, Brilhante Ustra, numa atitude de enorme maldade para com ela. Bolsonaro é isso. Sou testemunha.