A quem interessa o nível rasteiro do debate pré-eleitoral em São Luís?

São Luís é uma das maiores cidades do país, está entre as 20 mais populosas do país, porém os índices sociais e econômicos da capital maranhense estão entre os piores. Com mais de 400 anos e as vésperas da escolha de um novo prefeito, o debate pré-eleitoral é tão rasteiro que lembra os tempos de colônia e revelam o provincianismo do município. Porém, um questionamento é fundamental: a quem interessa isso?

Mais de dez nomes estão postos para disputar a prefeitura de São Luís. Pré-candidatos das mais diferentes matizes ideológicas, porém o que se tem visto até o momento é um show de horrores com o único objetivo destruir reputações. E isso não é novidade, já foi visto em eleições anteriores, mas até quando insistir nisso?

Uma pré-disputa dominada por homens e praticamente todos em uma faixa etária que oscila entre 30 e 45 anos, porém o que vem sendo debatido até então é do nível intelectual de pessoas sem nenhum tipo de formação escolar e muito similar ao comportamento psicológico de adolescentes. Poderia até ser comparado com os tempos, onde homens duelavam no Coliseu romano para saber quem era o mais forte.

Até o momento não debateram uma solução para a agonizante saúde de São Luís que até o momento é dependente de dois Socorrões, totalmente obsoletos. A educação sucateada não é discutida. Não são apontadas quais melhorias podem ser apresentadas para desenvolver a economia, seja através do turismo, agricultura ou capacitação da população.

O que se tem visto são divulgações de conversas privadas de whatsapp, comentários de quem é filho de político ou não, assim como também a discussão das relações familiares.

Lamentavelmente, perde a população de São Luís, que fica ainda comemorando em pleno século XXI, o asfalto ou simplesmente ações que estão bem distantes da realidade de uma metrópole com mais de 1 milhão de habitantes.

Por aqui, a população ainda sofre em um transporte público deficitário que só oferece a opção de ônibus. Praticamente 1/3 dos habitantes vivem na extrema pobreza dependendo de programas assistenciais.

Pobre, São Luís.

Mas fica o questionamento: a quem interessa o debate rasteiro pré-eleitoral em São Luís?