Bolsonaro colocou Flávio Dino na corrida presidencial para 2022

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), tentou de diversas formas entrar no debate nacional entre os grandes líderes do país. Provocou os ex-governadores do Rio e São Paulo, Pezão e Alckmin, respectivamente, depois chamou João Dória de “Berlusconi piorado” e por fim disparou inúmeros ataques ao presidente Bolsonaro. Solenemente ignorado e fora dos holofotes da grande mídia para o debate presidencial de 2022, Flávio Dino teve de procurar recentemnte Sarney para ganhar corpo sua empreitada, mas foi o atual chefe do executivo nacional que o colocou na corrida eleitoral ao “chama-lo” de pior dos “governadores de paraíba”.

Era tudo que Flávio Dino e o PCdoB queriam para fazer um estardalhaço nacional. A frase dita na sexta-feira (19), repercute ainda hoje e colocou o governador maranhense na capa dos principais portais de notícias do país.

Flávio Dino não contava com tamanha ajuda de Bolsonaro. Agora o comunista se faz de mártir, como insurgente, defensor do povo nordestino. Mas quem pegar a trajetória do governador do Maranhão vai encontrar pouca identidade do próprio com o povo nordestino, a começar pelo time que torce, o comunista nunca escondeu sua torcida pelo Botafogo/RJ.

A própria atuação profissional de Flávio Dino foi fora do nordeste. Nos 12 anos de magistratura enquanto juiz federal, metade foi exercida em Brasília ao presidir a Associação Nacional de Juízes Federais (2000 a 2002), e logo depois ser secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça. Após a magistratura, ocupou quatro anos como deputado federal de 2007 a 2011 e logo em seguida continuou na capital federal como presidente da Embratur até o ano de 2014, ou seja, se não fosse a função de governador do Maranhão o ex-jurista até hoje estaria fora de terras nordestinas.

Flávio Dino sabe que tem a grande oportunidade de entrar na corrida eleitoral para ser o principal adversário de Bolsonaro em 2022 ao continuar engrossando o coro contra o presidente e para isso conta com simpatizantes como membros do PDT e do PSB, no PT está a maior resistência, afinal a preferência é por Fernando Haddad.

A propósito, o episódio envolvendo Bolsonaro e Flávio Dino, pouco teve manifestação dos petistas, que já estão de orelha em pé com as estratégias do comunista visando 2022.

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