“Aurora – Encontro dos Polos” é selecionado para o Maranhão na Tela

O filme Aurora – O Encontro dos Polos, dirigido pelo cineasta Luís Mário Oliveira, acaba de ser selecionado para a mostra competitiva Nosso Cinema da 11° edição do “Festival de Cinema Maranhão na Tela”. Fato inédito na história do cinema maranhense, em dois anos consecutivos o mesmo diretor classificar dois longas-metragens com temas autorais e diversificados para a mesma competitiva.

Em 2017 o cineasta foi revelado com o filme Jangada, que lhe rendeu cinco prêmios do Festival em sua primeira participação: melhor fotografia (Paulo do Vale); melhor trilha sonora (Henrique Duailibe); melhor ator (Luís Mário Oliveira); melhor atriz (Dida Maranhão) e melhor atriz coadjuvante (Juliana Rizzo), destaque para o diretor, que além de roteirista, produtor é também ator em suas produções. Para a edição 2018, ressurge ao classificar “Aurora – O Encontro dos Polos”, filme que narra a vida simplória de quatro personagens centrais da trama, vividos por elenco protagonizado pela estreante atriz Paulinha Lobão (Aurora, mulher mística, solidária e bela), e os atores Antônio Garcia (Feitosa, fazendeiro excêntrico e cheio de vicissitudes, marido de Aurora), Luís Mário Oliveira (Alcides, o sábio acendedor de lampiões) e Fábio Lima (Inácio, leiteiro bom e rude).

A convivência com as mais extremas adversidades em ambiente único, circundado pela fé, na presença forte da igreja, tradições populares, a elite, a pobreza, a atmosfera rural, as diferenças e afinidades entre tais existências revelam o que sugere o subtítulo da obra, o encontro dos polos (riqueza e pobreza, bem e mal, vida e morte e outros antagônicos). O Festival até a edição do ano passado (2017) era exclusivo em sua Mostra Competitiva para filmes produzidos no Estado do Maranhão. Nesta edição as inscrições foram abertas para toda a região Norte e Meio Norte, representadas pelos nove Estados que as compõem, respectivamente (Tocantins, Pará, Amapá, Amazonas, Roraima, Rondônia, Acre, Maranhão e Piauí).

Segundo a produção do Festival Maranhão na Tela, a realização de uma mostra competitiva composta somente por filmes nortistas visa fortalecer o audiovisual da região, numa janela única no Brasil, através da qual será possível amplificar, discutir e fomentar essa produção. A região Norte vive à margem da indústria do audiovisual, pois é a que menos produz e, consequentemente, a que tem menor acesso aos recursos e políticas de incentivo. Isso, em grande parte, se deve aos problemas estruturais comuns a todos esses Estados. Daí a importância dessa união. Segundo o diretor de “Aurora – O Encontro dos Polos”, Luís Mário Oliveira, a importância do Festival é o grande estímulo à produção local e difusão da sétima arte maranhense para o mundo, formação de plateia, estímulo e trabalho para os artistas/técnicos da área, principalmente na busca pelo aprimoramento daqueles que se propõem a fazer cinema em uma região sem tradição cinematográfica. Salienta ainda a questão da coletividade empreendida nas produções, fator com variáveis indispensáveis para a concretização de uma obra, embrião que certamente em metamorfose está se processando para a formação de um polo de cinema produtivo e dinâmico para o nosso Estado.

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