A três meses da eleição, certezas, indefinições e batalhas judiciais marcam a disputa no Maranhão

Daqui a três meses, os maranhenses vão as urnas para escolher governador, senadores, deputados federais e estaduais, além claro do presidente. Porém é na disputa regional que está o foco da atenção. No próximo dia 20 de julho iniciam as convenções partidárias que se estendem até o dia 5 de agosto. Até lá, muito pode mudar. Por enquanto existem as certezas das pré-candidaturas ao Governo de Flávio Dino (PCdoB), Roseana Sarney (MDB), Roberto Rocha (PSDB), Maura Jorge (PSL), Odívio Neto (PSOL) e Ramon Zapata (PSTU). As indefinições ficam por conta de Eduardo Braide (PMN), Ricardo Murad (PRP) e Coronel Monteiro (PHS), Zé Reinaldo Tavares (PSDB) e Waldir Maranhão (PSDB), Márcio Jardim, Aníbal Lins e o PT.

Fora as certezas e as indefinições, outro fato que vem marcando a pré-campanha e deve perdurar a campanha eleitoral é a batalha judicial travada entre os pré-candidatos e partidos. Flávio Dino, Roseana Sarney e Maura Jorge são os pré-candidatos com o maior número de representações na Justiça Eleitoral. O comunista responde 11, a ex-governadora 8 e a ex-prefeita de Lago da Pedra, seis processos.

Porém além dos problemas judiciais, os pré-candidatos precisam resolver também os problemas políticos. Flávio Dino enfrenta o desafio de encontrar uma harmonia no seu grupo que ainda reluta apoiar o nome de Carlos Brandão (PRB), para vice e o PT que não aceita Eliziane Gama (PPS), como senadora.

Roseana Sarney busca um nome para ocupar a vaga de vice-governador, além de obter mais partidos para aumentar o arco de aliança. Atualmente a ex-governadora só mantém MDB, PV, PSD e PMB. Ela pode receber o apoio do Podemos de Aluísio Mendes e segue esperando o posicionamento final do PRP de Ricardo Murad. Perdeu o PRTB para Maura Jorge e o PSC segue namorando com Eduardo Braide (PMN).

A propósito é no deputado estadual que estão depositadas as maiores expectativas: será candidato a governador ou a deputado federal? Sumido do cenário político, Braide não fala nada, apenas afirma que segue conversando com diversos partidos. Até especulações surgiram que ele poderia negociar um acordo com Flávio Dino. Eduardo ainda enfrenta dificuldades para montar uma chapa, precisa de um nome para vice e pelo menos um candidato ao Senado, mas pode ir também sozinho, assim beneficiaria seu principal incentivador, o pré-candidato Zé Reinaldo Tavares (PSDB). O parlamentar conta com a intenção de receber apoio do Avante de Hilton Gonçalo, Rede Sustentabilidade, PPL, PHS e PSC.

Falando em PSDB, Roberto Rocha vem mostrando consistência e demonstra possuir estrutura para aguentar uma extenuante campanha no Maranhão. O seu maior problema é o Zé Reinaldo, o ex-governador segue insistindo em apoiar Eduardo Braide, acontece que Waldir Maranhão já está a postos para substituir o companheiro de partido. Apesar de seguir sozinho na pré-campanha, os tucanos podem contar com uma ampla aliança na disputa eleitoral com a chegada de apoios através de negociações no plano nacional. O candidato a vice, pode ser o empresário Ribinha Cunha do PSC, o qual estaria sendo indicado pelo ex-prefeito Sebastião Madeira.

Maura Jorge que era tida como uma pré-candidata com a intenção de apenas se guaribar para ser candidata a vice de alguém, se movimentou bem e também contou com a sorte. Saiu do Podemos e ingressou no PSL de Jair Bolsonaro, o pré-candidato a presidente da República que virou popstar no país. Agregou o apoio dos nanicos do PSDC e PRTB, e ainda pode garantir o PHS, caso não feche com Eduardo Braide e nem mantenha a pré-candidatura do Coronel Monteiro. A ex-prefeita de Lago da Pedra, espera surfar na onda de Bolsonaro para quem sabe chegar no segundo turno.

Odívio Neto e Ramon Zapata são os pré-candidatos mais seguros. Já estão com suas alianças definidas e suas chapas majoritárias fechadas. Não há espaço para ninguém entrar e nem sair, por opção dos próprios. Finalmente PSOL e PCB consolidaram a chapa para disputa estadual e vão buscar obter um desempenho melhor que Pedrosa (PSOL), em 2014, quando teve 1,5% dos votos válidos. Já o pré-candidato do PSTU, entra como um franco atirador, corre o risco de ficar em último lugar.

Por fim tem o mais complicado dos partidos: o PT. Os petistas seguem com a intenção de apoiar Flávio Dino, mas o próprio comunista faz pouco da sigla, inclusive já declarou que Ciro Gomes (PDT), seria o nome ideal para representar a esquerda na disputa presidencial. Além dessa declaração, ainda existe a insatisfação dos petistas com o nome de Eliziane Gama (PPS). O partido ainda tenta de forma desesperada, o lançamento de uma pré-candidatura ao Senado com Márcio Jardim, Nonato Chocolate ou Adriana da Cut. Para completar, o sindicalista Aníbal Lins lançou sua pré-candidatura ao Governo do Maranhão, caso o PCdoB não apoie Lula desde o primeiro turno.

Resumindo a disputa no Maranhão já possui certezas com os pré-candidatos ao Governo e Senado consolidados, assim como as indefinições que ainda marcam as composições dessas chapas e as batalhas judiciais.

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