Marcelo Tavares mira vaga de vice-governador e desiste de disputar o cargo de deputado estadual

Com Carlos Brandão perdendo força no comando do PSDB no Maranhão com a entrada do senador Roberto Rocha, o atual vice-governador também deve ficar fora da disputa majoritária na eleição do ano que vem. Diante dessa situação, Flávio Dino vive a difícil missão de encontrar alguém também confiável e que agregue politicamente para ocupar o cargo. E quem se colocou para ocupar esse espaço é o atual Chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares (PSB).

A informação vem dos próprios aliados do governador Flávio Dino com bom trânsito no Palácio dos Leões. Marcelo Tavares já estaria desistindo de entrar na disputa de deputado estadual e se cacifando para o cargo de vice-governador. Essa estratégia agrada a base governista, afinal é menos um na corrida eleitoral e também não aumenta a disputa pela presidência da Assembleia Legislativa na próxima legislatura.

A entrada de Marcelo Tavares na chapa majoritária em 2018, também põe fim ao sonho de Zé Reinaldo Tavares (PSB), ser candidato ao Senado pelo grupo Flávio Dino. Os dois são parentes, o que inviabiliza a presença dupla nas disputas de vice-governador e senador, respectivamente.

Para garantir essa articulação, Marcelo Tavares inclusive já estaria se distanciando de Zé Reinaldo Tavares, uma vez que o governador não anda muito satisfeito com as posições do deputado federal lá no Congresso Nacional.

Se para Zé Reinaldo é ruim a entrada de Marcelo na vaga de vice-governador, para Carlos Brandão é muito bom, pois o atual chefe da Casa Civil o ajudaria na disputa do cargo de deputado federal em 2018. E o tucano não esconde de ninguém o desejo de voltar ao Congresso Nacional.

A articulação já está tão avançada que Marcelo Tavares já vem conversando com aliados políticos que abre mão de alguns dos seus prefeitos em favor de outros candidatos aos cargos de deputado.

Os movimentos de Marcelo Tavares vem agradando quase todos e caso não tenha sucesso na escolha como vice-governador, seguirá na chefia da Casa Civil, o que acaba sendo bom para 90% dos governistas.