“Não vejo nenhuma razão” para o PSDB apoiar Roberto Rocha ou Roseana em 2018, diz Brandão
“Não tem briga. Têm divergências naturais, nas quais estamos buscando o melhor caminho para as eleições de 2018”. Quem afirma calmaria política no PSDB maranhense é seu presidente regional, Carlos Brandão, vice‐governador da chapa que elegeu Flávio Dino em 2014. Disse ele a O Imparcial, que o PSDB costuma decidir questões importantes em cima da hora, como aconteceu no fechamento da coligação com o PCdoB de Dino, o que até então parecia uma união impossível. Portanto, é cedo para definição futura.
Brandão disse que tem conversado bastante com as correntes políticas que gravitam em torno do governo Flávio Dino, tanto dentro quanto fora do ninho tucano. Como as eleições estão muito distantes, ele acha que os movimentos atuais são legítimos e fazem parte do jogo democrático. “Mas nada irreconciliável”, admite.
Madeira e seus queixumes
Segundo o presidente do PSDB, escaramuças tipo a do ex‐prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, que saiu do cargo e das eleições de 2016 reclamando de Flávio Dino, são normais. “Acho até que está faltando uma conversa do governador com Madeira para passar a limpo as possíveis divergências”, contemporizou. Quanto às demais correntes do PSDB, Brandão garante que mais de 90% apoiam o governo do PCdoB. Ele preferiu dizer que não é opinião sua, mas das lideranças com as quais tem conversado sobre as eleições de 2018. “Como este ano é mais de conversa do que de acertos, acredito que o partido está focado muito mais nas eleições proporcionais do que na majoritária, onde quase tudo é definido no afogadilho”, avaliou. O tucano acha muito difícil parte do PSDB se posicionar em favor da provável candidatura do senador Roberto Rocha, do PSB, ao governo do Maranhão. Também em relação à ex‐governador Roseana Sarney, ele faz a mesma avaliação. Ele questiona quais seriam os motivos que poderiam atrair tucanos para o lado de Roberto Rocha ou de Roseana. “Não vejo nenhuma razão plausível para isso”.
Retorno de Roberto Rocha
Brandão disse que, orientado pelo senador Aécio Neves, tem conversado com todas as correntes peessedebistas e anotado o posicionamento de todos. Flávio Dino tem o apoio da maioria esmagadora. “Quanto a Roberto Rocha, todos sabem que ele não consegue agregar e tem uma base política restrita. Quanto ao grupo Sarney, a situação não é muito diferente. São poucos os prefeitos, a estrutura que tinham não tem mais e não tem resposta para os problemas do Maranhão”, analisou Brandão. Quanto a possibilidade de Rocha retornar ao PSDB, conforme vem sendo especulado nos meios políticos, Brandão disse que nada o impede de fazer isso. Como quem diz que, querendo, será bem‐vindo, mas sem esperar que o partido vá atrás do senador. No PSB, Roberto Rocha trava uma briga intestina com outras lideranças, que o deixa