Governo do Maranhão paga R$4,38 mi por ano de pensão a seis ex-governadores e seis viúvas

Enquanto o Congresso Nacional se prepara para debater a proposta do governo de reforma da Previdência, que, se aprovada, estabelecerá uma idade mínima de 65 anos para a aposentadoria e exigirá 49 anos de contribuição para alguém receber o teto (R$ 5,5 mil) pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no Maranhão basta passar mais de seis meses no cargo de governador, que está garantida uma pensão mensal de R$30.471. O que gera anualmente um gasto de R$4,38 milhões.

Quem rege essa imoralidade é a lei estadual (n° 6.245/1994), promulgada no governo de José Ribamar Fiquene que assumiu o governo, após Edison Lobão pedir a renúncia para disputar o senador. O então vice-governador ficou menos de oito meses no cargo.

Entre as viúvas seis são contempladas, destaque para Clay Lago (Jackson Lago) e Gardênia Castelo (João Castelo). Cada uma mantém a pensão mensal de R$30.471.

Entre os ex-governadores são contemplados pelas pensões: José Sarney, Epitácio Cafeteira, João Alberto, Edison Lobão, Roseana Sarney e Zé Reinaldo Tavares. Todos os citados ainda são contemplados com gordas aposentadorias no Senado Federal, elevando seus ganhos mensais a superar a casa dos R$60 mil.

No Supremo Tribunal Federal tramita uma ação que visa proibir e acabar com a farra dos ex-governadores. Em alguns estados como no Pará, o STF determinou a suspensão do pagamento.

Mesmo que a Corte máxima do país venha por decidir a favor do cancelamento da pensão dos ex-governadores, apenas Lobão, João Alberto, Roseana, Zé Reinaldo e a viúva de Jackson Lago vão ter os benefícios suspensos.

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