Parece mentira – Em plena São Luís comunidade parece viver no século passado

Anibal Lins conversa com moradoresMesmo na era das redes sociais que integram pessoas nas mais diferentes localizações geográficas, em plena capital maranhense há comunidades inteiras que ainda vivem no século 20. É o caso da comunidade Tajaçuaba, zona rural de São Luís, localizada no distrito do São Cristóvão. De moderno na região apenas a falta de segurança e as modalidades de assalto. Essa realidade foi constatada na noite da última quinta-feira, 30, pelo sindicalista Anibal Lins, que está promovendo uma série de encontros na periferia para conhecer os problemas das áreas mais pobres e esquecidas da ilha.

Atendendo a um chamado da população local, Lins ouviu velhos problemas enfrentados na região e orientou os moradores na busca pelos seus direitos. “Não é admissível que ainda tenhamos que conviver com essa realidade na cidade mais importante do Maranhão, com os gestores públicos fechando os olhos para essa triste realidade”, frisou.

Para o sindicalista, que tem visitado outras comunidades na capital maranhense, problemas como o de Tajaçuaba se repetem. “Percebemos que os problemas vividos pelos moradores desta região se repetem com a mesma ou maior intensidade em outras áreas de São Luís. Isso é resultado do descaso de gestões que só lembram dessas comunidades no período de eleição”, criticou.

Buscando orientar os moradores, Anibal Lins explicou que para romper com o descaso é preciso haver união e luta pelo direito de acesso a serviços básicos, que é uma obrigação do Estado do Maranhão e do Município de São Luís. “Não há outra forma de alcançar as conquistas que há tanto tempo vocês buscam se não for por meio da luta constante para o exercício da cidadania de cada um de vocês”, afirmou.

Para os representantes da comunidade, os problemas encontrados são diversos, com destaque para a falta de espaços de lazer, acesso a serviços de saúde e de educação, iluminação pública, segurança e mobilidade urbana. Este último é sentido com maior frequência no cotidiano daqueles que precisam se deslocar para outras localidades para trabalhar.

Moradores reclamam que apenas uma linha de ônibus atende toda a região e que a demora dos coletivos prejudica aqueles que precisam se deslocar entre a comunidade e outros bairros da Ilha. A situação fica ainda mais prejudicada no período chuvoso, uma vez que as ruas que dão acesso à comunidade ficam intrafegáveis, em razão da grande quantidade de buracos, lama e água.

A senhora Maria das Dores, conhecida como dona nega, diz que faltam de escolas e o transporte público é de péssima qualidade. “São apenas duas salas de aula na única escola da comunidade e alunos da 1ª a 4ª séries são misturados. Também não temos posto policial e assalto aqui é constante. Os alunos que estudam fora são assaltados no caminho e chegam sem bolsa, sem calçados e até sem roupa”, desabafa.

Para a dona de casa Eliane Sousa – que reforçou a falta de assistência básica em diversas áreas, como educação e segurança –, o gestor municipal devia fazer menos propaganda e administrar uma cidade para todos, mas se esquece de quem mais precisa. “O prefeito deveria cuidar mais dos seus habitantes da zona rural, como aqui em Tajaçuaba, onde nos sentimos abandonados”, lamenta.

Ao ouvir de moradores que já não existe confiança na classe política, Anibal Lins lembrou aos populares presentes que a política não é o problema e sim a forma como ela tem sido conduzida pelos nossos representantes. “A política continua sendo o caminho para a realização dos desejos da população, mas para isso é preciso que cada morador seja consciente do seu poder transformador e participe ativamente do processo de mudança dentro da própria comunidade”, afirmou.

Lins também disse que se confirmada a sua candidatura, pretende fazer uma campanha limpa, fundada na ética e na honestidade. Ele concluiu dizendo aos presentes que o voto consciente é a única forma de romper com as práticas predatórias que destroem os sonhos e as esperanças de um povo.

1 thought on “Parece mentira – Em plena São Luís comunidade parece viver no século passado

  1. Mora aqui há sete anos e, os problemas continuam, aqui tem várias associações e nenhuma funciona, o problema aqui, é que não há união entre os moradores, um prejudica o outro que quer trazer melhorias, e aí ficam reclamando, a escola continua do mesmo jeito, e os mesmos moradores continuam do mesmo jeito, um querendo ser melhor que o outro, ao invés de se juntarem em prol de todos.

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