Governo terá de demitir terceirizados e cortar gastos para conseguir pagar 13º de servidores
A situação financeira no Maranhão, assim como em outros estados é dramática. Conhecedor dessa realidade, Flávio Dino (PCdoB) convocou nos últimos dias uma reunião com todo o secretariado e expôs a necessidade urgente de corte de gastos, incluindo a demissão de vários terceirizados, principalmente os que desenvolvem serviços gerais e segurança. Essa postura visa garantir um suspiro no fechamento das contas e consequente pagamento da segunda parcela do 13º salário dos servidores em dezembro.
De acordo com o que foi apurado, existe a possibilidade do governo fechar o orçamento em novembro por falta de dinheiro em caixa. Algumas secretarias já não tem mais nenhum recurso para desenvolver atividades esse ano, mas a situação mais dramática é da Saúde, a pasta comandada por Marcos Pacheco estourou seu orçamento em apenas 7 meses de gestão. É necessário deixar claro, que não há dinheiro em caixa, pois os valores que seriam destinados a SES acabaram sendo realocados.
O orçamento previsto para esse ano, girava em R$ 15.885.374.282,00 bilhões. Do montante, R$ 11.521.849.777,00 são destinados ao Orçamento Fiscal; R$4.235.266.378,00 ao Orçamento da Seguridade Social; e R$128.258.127,00 ao Orçamento das Empresas Estatais controladas pelo Estado.
No Rio Grande do Sul, o salário está sendo pago em três vezes. O governador do Rio de Janeiro, Luiz Pezão (PMDB), declarou na quarta-feira (2), que a crise financeira que o estado fluminense, São Paulo e os gaúchos estão passando deve também se estender as demais unidades federativas.
O governo do Maranhão vem reclamando da queda do repasse da União para o estado. De acordo com os dados da Secretaria de Planejamento, o valor repassado este ano é quase 20% a menos do que o de 2014 no mesmo período.
A ordem já foi dada pelo governador. É cortar ao máximo para que a saúde financeira do estado se mantenha estável, mas infelizmente muitos trabalhadores vão acabar pagando, perdendo empregos.