Técnicos-administrativos da UFMA aprovam greve por tempo indeterminado
Por unanimidade os Técnico-administrativos em Educação – TAE da UFMA, aprovaram na manhã desta quinta-feira (28), adesão a partir do dia 3 de junho, ao movimento nacional de Greve deflagrado pela Federação dos Trabalhadores nas Instituições Públicas Federais de Ensino Superior do Brasil – FASUBRA. Os trabalhadores reivindicam, entre outros, a correção de 27,3% nos salários considerando as perdas de 2011 à 2016 e o aprimoramento do Plano de Carreiras.
Durante assembleia geral realizada no hall do prédio Castelão, campus do Bacanga, os trabalhadores fizeram diversas avaliações sobre o andamento das negociações entre a categoria e o Governo Federal. Para a grande maioria, a mesa de debate existente há alguns anos não tem servido para avançar em quaisquer questões pautadas pelo movimento dos trabalhadores, já que as questões encaminhadas são sempre “barradas” pelo Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão – MPOG, que há anos alega falta de recursos para investir na melhoria do serviço prestado nas universidades e na Carreira dos TAE´s (ativos e aposentados).
Segundo Sandra Gonçalves, diretora do Sintema, que participou da última Plenária Nacional da Fasubra dos dias 23 e 24 de maio, em Brasília, o Governo através do Ministério da Educação – MEC, chegou ao cúmulo de afirmar na última reunião que desconhece a pauta reivindicatória da categoria.
Para Graça Ferro, diretora do Sintema, que também fez avaliação do momento, “O Governo alega que para tudo é preciso orçamento, e este não existe, por isto não nos atende. É hora de mostrarmos a nossa indignação e unir a Categoria em uma greve que seja vitoriosa”, finalizou.
Para a associada Sônia Baldez, que também participou como delegada na Plenária, é preciso realizar uma greve da base para cima, construindo uma pauta dos Sindicatos em conjunto com docentes e discentes, enfrentando todos os ataques impostos até agora pelo Executivo e Legislativo, a exemplo do corte de 9 bilhões que a educação sofreu.
Para o presidente do Sintema, Mariano Azevedo, a participação da categoria deve ser representativa, tanto na capital quanto no interior, por isso, a Direção do Sintema em conjunto com o Comando Local de Greve – CLG, que será instalado na próxima assembleia, mobilizarão toda a universidade na construção de uma greve que saia vitoriosa.
João Rivelino, servidor de Pinheiro, participou da assembleia representando os quase 40 servidores lotados naquele Campi. “Estamos juntos e preparados para a luta”, disse ele ao ser indagado sobre o momento de luta em defesa dos direitos da categoria.
Após votarem a deflagração da greve para o dia 3 de junho, os trabalhadores presentes aprovaram por ampla maioria, o desconto do fundo de greve para custear as despesas do movimento. Parte do valor arrecadado será remetido à FASUBRA para ajudar na manutenção das atividades do Comando Nacional de Greve – CNG.
Será realizado apenas um (01) desconto de greve no valor de 1% do vencimento base do mês de junho (recebido no início de julho), e caso a greve se estenda por mais de um mês, haverá nova discussão em assembleia com o intuito de avaliar a necessidade de um novo desconto.