“O Flávio é um verdadeiro líder”, diz Marcelo Tavares

O Imparcial

Político com larga experiência, Marcelo Tavares (PSB), optou por não disputar a reeleição este ano, porém ocupa cargo de relevância na eleição, ele é o responsável por conduzir a coordenação política da campanha de Flávio Dino (PCdoB). Após ocupar a chefia da Casa Civil no governo Zé Reinaldo e ser presidente da Assembleia Legislativa, o socialista tem experiência de sobra para conduzir este processo.

Em entrevista exclusiva ao jornal O Imparcial, Marcelo Tavares fala como está sendo conduzida a campanha de Flávio e revela que ele é o mais consistente candidato que a oposição já teve na disputa pelo governo. O deputado estadual ainda comunica, que não está aposentado da vida política, apesar da não participação de forma direta nas eleições.

Confira na íntegra a entrevista:

O Imparcial – Marcelo nesta eleição tu vai estar ocupando um papel diferente. Vai estar nos bastidores. Quais são as principais diferenças da função de coordenador de campanha para quem disputa um cargo?
Marcelo Tavares – Olha pra mim essa questão de coordenação de eleição não é uma novidade. Mas eu digo a você que é muito mais fácil fazer uma campanha com um candidato como o Flávio Dino. Ele está realmente preparado para ser governador, pois ele irá fazer um governo de mudança, para melhorar a vida dos maranhenses.

Em 2002 o senhor acompanhou o Zé Reinaldo, em 2006 o Edson Vidigal, em 2010 o Flávio Dino. Qual diferença desta eleição para as demais?
São campanhas diferentes. Em 2002, a campanha do Zé Reinaldo era uma continuidade, afinal ele já era governador. Em 2006, o Vidigal era candidato do Zé Reinaldo. E agora o Flávio é uma oposição ao que está colocado no governo. O modelo que é empregado hoje, deve ser modificado e hoje Flávio Dino é o que possui melhores condições para promover a mudança no Maranhão, que possui um dos piores índices sociais do país.

Como coordenador de campanha, o senhor deve ter também participado da elaboração do plano de governo do Flávio Dino. O que diferencia as propostas para a dos demais?
Para começar, destaco a forma como foi construído. O plano de governo do Flávio foi construído através do dialogo com a população maranhense. Percorremos boa parte do estado, escutamos o povo e as nossas propostas estão enraizadas naquilo que a população deseja. O plano do Flávio é extremamente próximo do que desejam os maranhenses, pois foi construído ouvindo o povo.

O principal adversário do Flávio, diz possuir o apoio de centenas de prefeitos e lideranças políticas. O que vocês pretendem fazer para vencer essa barreira e receber o apoio popular?
O Flávio não tem tido dificuldades em receber o apoio da população. Tanto que há muito tempo, ele lidera as pesquisas para governador. Não temos dificuldades em ter o apoio da população maranhense. Evidente que o apoio dos prefeitos ao candidato Edinho Lobão, está relacionada ao domínio da máquina pública e não está relacionado ao sentimento da população maranhense.

O senhor optou por não disputar a reeleição de deputado estadual. Isso foi fundamental para que o senhor fosse escolhido coordenador de campanha?
Olha em primeiro lugar, não me considero aposentado, só decidi não disputar a reeleição. Por entender que já cumpri o meu papel. Já fui presidente da Assembleia Legislativa, participei de comissões, enfim tive minha atuação. Diante disto, o Flávio me convidou para ajudar a coordenar a sua campanha, assim como outras pessoas, cito aqui o Márcio Jerry. Além disso, eu já liderei a oposição aqui na Assembleia Legislativa, eu conheço os problemas do nosso estado e assim posso ajudar para que a campanha transcorra com muita proximidade com todos os grupos políticos que formam a nossa base de apoio, são nove.

O juiz Márlon Reis, ele é contra a perpetuação dos parlamentares. O senhor teve bom senso e decidiu parar ao chegar no terceiro mandato. Falta este entendimento para muitos políticos?
Olha eu acho que a legislação deve mudar para impedir isto. Essa foi uma das razões que me fizeram a não disputar mais este cargo. Essa perpetuação no poder não traz bons frutos para o país. É uma mudança difícil de ser aprovada no Congresso Nacional, concordo com o Márlon Reis, acredito que deve ser levado também para o executivo essa discussão. A nossa legislação tem de avançar e se preparar para as regras futuras.

Como é que está a perspectiva de vocês para a eleição de deputado estadual e federal? Qual a meta?
Eu entendo que nós temos condições de fazer um bom número de deputado estaduais e federais. Se não obtivermos a maioria nas urnas e a população escolher Flávio Dino governador, teremos muito critério na ampliação dessa base. Pois muito mais que adesão, iremos respeitar os princípios que serão apresentados durante a campanha eleitoral, por isso não será qualquer um que fará parte de uma possível base governista. A nossa meta é eleger 8 ou 9 deputados federais e pelo menos a metade dos deputados da Assembleia Legislativa. Acreditamos que durante a campanha eleitoral, possa ocorrer uma transferência de votos para nossos deputados, assim como o Flávio tem um excelente percentual, nós temos muitas condições de crescer.

Todas as pesquisas apresentadas até o momento, apontam para uma definição no primeiro turno da eleição. O Flávio lidera as pesquisas. Existe um sentimento de euforia por parte de vocês para chegar ao governo?
Nunca houve esse sentimento. Nós sabemos as dificuldades para enfrentar a máquina pública. Não existe em ninguém esse sentimento de euforia. Se a vitória vier no primeiro turno, muito bem, será um sinal que a população assimilou bem as propostas do Flávio Dino. Existe uma consciência plena, que nossos pés estão no chão, exigindo muita motivação, disposição e paixão no sentido de que estamos virando a página do Maranhão. O futuro do nosso estado, depende do resultado dessa eleição. Nós acreditamos muito na vitória do Flávio Dino e Roberto Rocha, o que significa dias melhores para a nossa população.

Pela sua experiência política e por ter uma disputa polarizada, o senhor não acha que essa disputa acaba em um turno?
Olha, eu não vejo essa disputa polarizada. As pesquisas não mostram essa polarização. Se a eleição vai terminar em primeiro turno ou não, cabe a população definir. O que nós temos certeza absoluta é do trabalho que devemos fazer para obtermos um trabalho positivo e proveitoso.

É muito importante eleger uma bancada forte para a Assembleia Legislativa e Câmara Federal. Qual é a importância de eleger Roberto Rocha?
O Maranhão tem senadores que não tem defendido o nosso estado e nós precisamos de um senador, que em consonância com o governo estadual, possa na Câmara alta defender os interesses da população. Não podemos ter senadores que só pensam nos seus interesses eleitorais. Pois temos exemplos de senadores, que bloquearam recursos para o Maranhão, quando a oposição estava no governo. Por isso nós precisamos de um senador, que esteja pensando no povo maranhense. Pois precisamos de um projeto de desenvolvimento para o Maranhão e quem representa isso é o Roberto Rocha, com todo respeito aos demais candidatos.

Como o senhor falou, a oposição reuniu uma gama enorme de aliados para esta eleição. São nove partidos e centenas de lideranças. Mas existe unidade? E como será o processo para acomodação de todos em um eventual governo?
Não existe nenhuma divisão na nossa base. Todos os partidos estão focados e conscientes da importância desse processo para mudar a página do Maranhão. Não há nenhum interesse dos partidos em se dividirem neste momento e nem iremos discutir cargos. Essa unidade que foi construída ao longo de um processo longo, será mantida no governo. Pois o Flávio tem se demonstrado um verdadeiro líder. Teremos um governo extremamente coeso, se assim a população quiser. Então não existe preocupação por conta de temer rachas ou divisão de cargos. Não há nenhum sentimento de querer discutir um governo que ainda nem existe.

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