CNI apresenta aos presidenciáveis propostas para promover o desenvolvimento
Os impostos elevam em 10,6% o valor de um investimento no Brasil. O custo com mão de obra subiu 58% desde 1996. O país gasta com a Previdência Social a mesma proporção do Produto Interno Bruto (PIB) que os Estados Unidos, onde a população idosa é duas vezes e meia superior à brasileira. Esses são exemplos de custos que atrapalham a competitividade do produto nacional.
Além de reduzir os custos, o país precisa atuar em outras áreas para enfrentar a conconrrência estrangeira. Entre as ações estão a revisão da política de gás natural, o aperfeiçoamento da política de concessões em infraestrutura e a mudança dos currículos dos cursos de engenharia. Essas medidas integram o conjunto de propostas que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentará aos candidatos à Presidência da República, em 30 de julho, no evento Diálogo da Indústria com Candidatos à Presidência da República, que será realizado entre 10h e 16h30 na sede da CNI, em Brasília.
O encontro – coordenado pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade – terá a participação da presidente Dilma Rousseff (PT), que concorre à reeleição, e dos candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Cada um terá um tempo de 1h25 para ouvir as prioridades da indústria, apresentar suas propostas e responder às perguntas dos empresários.
O evento, que terá a presença de mais de 700 empresários de todo o país, será pautado pelos 42 estudos que a CNI organizou com a ajuda de líderes empresariais, especialistas e representantes das associações e federações da indústria. Reunidos no documento Propostas da Indústria para as Eleições 2014 (veja lista abaixo), os estudos traçam diagnósticos do cenário atual e trazem propostas de melhoria do ambiente de negócios brasileiro.
“Ao apresentar esse conjunto de propostas aos candidatos, pretendemos ajudar o país a ampliar a capacidade de crescimento”, afirma o diretor de Política e Estratégia da CNI, José Agusto Fernandes. Segundo ele, a reforma tributária é uma das prioridade da agenda para o Brasil crescer mais e melhor. “Há muitas distorções no sistema tributário, e a principal é a cumulatividade dos impostos que encarecem o produto brasileiro e tiram a competitividade do país.”
Desde a eleição de 1994, a CNI entrega propostas aos candidatos à Presidência. Os 42 estudos da CNI, que serão disponibilizados no Portal da Indústria (www.cni.org.br/eleicoes2014), foram construídos com base nas diretrizes do Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022, que estabelece as ações necessárias para fazer o Brasil crescer mais e melhor na década. Assim como o Mapa, as propostas aos presidenciáveis são divididas em dez fatores-chave: educação; ambiente macroeconômico; eficiência do Estado; segurança jurídica e burocracia; desenvolvimento de mercados; relações de trabalho; financiamento; infraestrutura; tributação; inovação e produtividade.