Nunca se falou tanto em Maranhão como nos últimos dez dias, desde o dia em que ônibus e pessoas foram queimadas. O estado com IDH semelhante a países da região da África Subsaariana, se tornou o número um em exposição nacional e até internacional. Nada do que foi externado é novidade para quem reside por aqui, até mesmo para jovens como eu. Porém tivemos a oportunidade de evidenciar para aqueles que não conhecem essa triste realidade, o que o Maranhão vive.

É impossível não responsabilizar os governantes que se arrastam por décadas no poder. É repugnante alguém chegar a cogitar a ideia de defender um grupo, chegando a afirmar que eles não são culpados por todo o mal do Maranhão. Que estes se calem e regozijem qualquer palavra em defesa daqueles que tentam eternizar o público em privado, o crescimento em desejo de fazer com que a população se contente em ser medíocre eternamente e principalmente fazer com que conquistas sejam apenas consequência de alguma complacência daqueles que detém a coroa e o cetro, afinal o Maranhão ainda é tratado como regime monárquico, onde poder é vitalício e hereditário.
Esta semana, alguns que sempre viveram das benesses que este ciclo vicioso pode oferecer, levantaram a voz para a imprensa, “epa, estamos sendo perseguidos”. Perseguição? Existe melhor substantivo feminino para definir o que ocorre ao longo das últimas décadas no Maranhão? Não é que acharam o nosso estado feio e começaram a falar mal, a propósito não vi nenhum material tentando desconstruir o Maranhão, infelizmente eles só evidenciaram, uma verdade que tenta manter submersa.
Devemos ter consciência que nem tudo é para sempre, diz o livro de Eclesiásticos, por isso nada é mais certo que um dia isto chegará ao fim, mas só acontecerá quando aqueles que detém o poder atualmente estiverem fora, afinal a história prova que eles já tiveram tempo suficiente para mudar e não fizeram, por assim desejarem. 
Não existem heróis ou salvadores da pátria, mas acredito em pessoas que desejam transformar a realidade, afinal os homens são muito diferentes, nem todos pensam no particular e assim ainda vale a pena acreditar que muita coisa pode mudar.

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