PSDB à leilão? Após proposta de Eliziane Gama, Brandão diz que precisa conversar novamente com Flávio Dino
O presidente do PSDB no Maranhão, o deputado federal Carlos Brandão, sempre afirmou que a condição para que seu partido declarasse apoio a alguma candidatura, era que a legenda fosse tratada de acordo com a sua importância, ou seja, que ela tivesse direito a uma vaga de senador ou de vice-governador em uma candidatura. Pois bem, Eliziane Gama (PPS) se antecipou e ofereceu qualquer um dos postos ou quem sabe até os dois para os tucanos.
A disposição de Eliziane Gama no entanto não foi suficiente, pois Brandão disse que agora precisa conversar com Flávio Dino (PC do B), para saber o que ele lhe oferece. A verdade é que a cúpula do PSDB está fazendo uma espécie de leilão quanto a declaração de apoio em 2014, quem oferecer mais e melhores condições eles vão caminhar.
Carlos Brandão e Pinto Itamaraty temem quanto a sua reeleição, por isso dificilmente vão aceitar a proposta de Eliziane Gama, uma vez que a deputada estadual não oferece no seu partido, o PPS, nomes que possam trazer votos que possam impulsionar a chapa proporcional na disputa para deputado federal, correndo o risco do partido ficar menor próximo ano na representação estadual no Congresso Nacional.
Principalmente é o Brandão, que deve dificultar o acerto com Eliziane, pois ele deseja resolver a sua vida e o mesmo acredita que no lado de Flávio Dino será mais fácil, uma vez que lá tem uma série de partidos que podem caminhar unidos, oferecendo assim uma maior tranquilidade no processo de reeleição, fora que ainda querem garantir um espaço na chapa majoritária.
Dessa forma, tudo indica que nem adianta Eliziane Gama continuar tentando um apoio do PSDB, pois ali a decisão já está praticamente tomada. Eles devem ir com Flávio Dino, que oferecem mais chances de reeleição aos membros do partido. Quanto a vaga majoritária, isso pode até ficar fora das conversas, caso as vagas de Castelo, Brandão e Pinto Itamaraty estejam certas para deputado federal, e Neto Evagelista e Gardeninha para estadual. A política funciona assim, primeiro os interesses particulares, depois os coletivos.