Contagem regressiva: Faltam 100 dias para o fim do governo Flávio Dino

Após anunciar na última quinta-feira (16), na reunião do Conselho de Gestão Estratégica das Políticas Públicas, que deixa o governo do Maranhão no dia 31 de março de 2022, o governador Flávio Dino (PSB), entra nesta terça-feira (21), em uma contagem regressiva de 100 dias para o fim do seu mandato. As próximas semanas vão ser marcadas por um ritmo intenso de trabalho, assim como também de um complexo quebra-cabeça político.

Eleito em 2014 com uma votação avassaladora e reeleito em 2018 ainda no primeiro turno, Flávio Dino vai deixar o comando do Maranhão em outro patamar. Ainda que existam críticas ao seu modo de governar e aos índices sociais apontados para o estado, o governador cultivou uma boa imagem e apresentou um trabalho que possui resultados positivos, características estas que lhe dão credenciais para imaginar que o chefe do Palácio dos Leões será um político longevo e muito mais, alguém que tenha relevância nacional em futuras eleições, caso mantenha o sucesso eleitoral em 2022.

E é exatamente na disputa eleitoral do próximo ano, que residem as maiores preocupações de Flávio Dino. Eleito originalmente em uma coalisão de nove partidos, ele viu ao longo do tempo ganhar e perder aliados. Governabilidade nunca foi problema, ele sempre teve controle absoluto da Assembleia Legislativa, deputados federais, prefeitos e lideranças políticas.

Defecções que ocorreram ao longo dos sete anos nunca foram tão sentidas ou abalaram seu governo, apesar de existir um sentimento de frustração muito grande quanto a Roberto Rocha (sem partido), que de aliado em 2014, virou adversário ferrenho e intransigente.

Porém é agora, a beira de uma iminente disputa eleitoral, que Flávio Dino vive a pressão de um rompimento político de Weverton Rocha (PDT), Luciano Leitoa (PSB), Eliziane Gama (Cidadania) e outros. Apesar de não desejar isso, e ainda buscar uma unidade, o governador mantém o pulso firme e já mandou avisar que o prazo final será 31 de janeiro, para aqueles que não concordam com a sua decisão de apoiar Carlos Brandão (PSDB) ao Governo.

Essa é a mais parte mais complexa dos últimos 100 dias, pois na quesito gestão, Flávio Dino vai viver uma verdadeira maratona de entregas de obras, ou seja, muitos momentos festivos ao lado do povo maranhense. Na Educação são várias as escolas e outros equipamentos a ser entregues. São muitas praças, quadras poliesportivas e ambientes de convivência. O Hospital da Ilha também está caminhando para a inauguração. Estradas já estão pavimentadas.

E falando em pavimentação, Carlos Brandão herdará um estado pronto, afinal é inegável reconhecer os avanços que vão ser deixados por secretários como Felipe Camarão (Educação), Anderson Lindoso (Cultura), Rogério Cafeteira (Esporte), Clayton Noleto (Infraestrutura), Carlos Lula (Saúde), Simplício Araújo (Indústria, Comércio e Energia), Catulé Júnior (Turismo), Márcio Jerry (Cidades) até o dia 2 de abril. A propósito, todos os citados com exceção do titular da SECMA, devem deixar os seus cargos para disputar eleições em 2022.

Flávio Dino entra na contagem regressiva não para o Ano Novo, mas sim para o seu novo momento político. Na história recente da política do Maranhão, muitos foram os governadores que encerraram seus mandatos de forma antecipada para concorrer ao Senado e muitos tiveram longevidade na política, vários são os exemplos: José Sarney, João Castelo (falecido), Cafeteira (falecido) e Edison Lobão.

Com apenas 54 anos em 2022, Flávio Dino ainda tem uma boa expectativa de atuação na política e obviamente a sua memória, assim como legado também vão ser preservados e reverberados, caso seus planos eleitorais sejam concretizados.

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