O sacrifício político de Waldir Maranhão e a espera pelo reconhecimento de Flávio Dino

O governador Flávio Dino (PCdoB), inicia 2018 com a missão de indicar o seu segundo candidato ao cargo de senador. Waldir Maranhão deveria ser unanimidade ao apontar qual seria esse nome, afinal o sacrifício político que fez pelo projeto do governador é latente e visível.

Em artigo publicado nesta segunda-feira (1), o advogado Abdon Marinho relembra a recente trajetória de Waldir Maranhão e sua relação com o governador Flávio Dino.

A seguir, Abdon Marinho discorre:
“Vejam, o deputado era presidente estadual de um partido que possuía uma das maiores bancadas da Câmara dos Deputados e, por isso mesmo, tornou-se vice-presidente daquela casa.

Comandando o máquina partidária e ocupando os espaços que a política lhe conseguia, ia levando, conseguia reeleger, praticamente, através daquela “estrutura”, ou seja, levava uma vida parlamentar sem maiores sobressaltos.

Tal situação mudou quando – acredita-se para atender um pedido do governador –, resolveu “inventar” a revogação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Teria necessidade de fazer aquela patuscada? Qual a razão para fazer? A quem visou atender?
Aí está a questão. Dizem que “fez o que fez” para atender o governador do Maranhão, cioso de “vender-se” como a liderança que revogou o impeachment, apelidado por ele de “golpe”, por consequência, tornar-se o herdeiro de todo espólio esquerdista para voos mais altos.
O ineditismo da medida, que falecendo de sustentação, acabou sendo revogada pouco depois, trouxe ao deputado o pior tipo de exposição que um político poderia pretender: a exposição pelo ridículo.

Nem falemos dos dissabores que sofreu no plano familiar, ele e os seus. Quase todos os parentes sofreram com a exposição do deputado: filho, irmãos, cunhados e, até mesmo, a esposa, que, segundo comenta-se, estava enferma.

O deputado, que iniciou a carreira política graças a uma vida acadêmica, tendo, inclusive, chegado a reitor da Universidade Estadual do Maranhão, para atender um pedido do governador, segundo dizem – ninguém acredita que foi só porre –, viu-se sob as luzes da ribalta do ridículo nacional, motivo de chacota por onde passava e sendo inspiração para todo tipo de charges, memes e humorísticos.
Chegaram a ponto de lhe sugerir a revogação da Lei da Gravidade.

Em resumo, virou uma piada nacional, ainda hoje lembrada. Não sei se o que lhe deram – ou prometeram –, valeu o preço que pagou, inclusive o de não conseguir a reeleição que tinha quase por certa.

No aspecto prático, perdeu, ainda, o comando do partido que lhe garantia sucessivas eleições e mesmo os espaços que já havia conquistado no parlamento ao longo dos anos.

Apenas para citar um exemplo, uma das Vice-presidências da Câmara acabou “sobrando” para o deputado que assumiu o comando do seu antigo partido no estado, o deputado André Fufuca.

Como podemos ver, os fatos desafiam o raciocínio apresentado pelo governador, na entrevista. Melhor seria se tomasse “coragem” e despachasse aqueles que não gozam de sua predileção, para que eles, os preteridos, procurarem seu rumo.”

Resta saber se Flávio Dino tem a compreensão desses fatos e irá reconhecer a importância de Waldir Maranhão nesse processo que iniciou em 2014.

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