Grupo de 18 vereadores comunica à Astro de Ogum que não aceita Osmar Filho como vice-presidente

O mais bem votado vereador de São Luís já dava como certa sua eleição para o cargo de vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal. Porém um levante de 18 vereadores, entre veteranos e novatos já comunicou ao presidente Astro de Ogum (PR), que não aceita o nome de Osmar Filho (PDT), para ocupar o cargo. De acordo com o apurado, o atual chefe do legislativo da capital ainda tem total apoio para sua reeleição, porém não aceitam a imposição de um nome sem ser discutido com os demais parlamentares.

“Sempre fui contra a escolha de Osmar Filho para a função de líder. Faltoso e sem habilidade político, ele nem conversa com os vereadores. Já aturei muita coisa desse governo, agora não irei aceitar a imposição do nome dele para o cargo de vice-presidente. Comuniquei ao presidente que ele tem o meu apoio e meu voto, mas os demais cargos devem ser discutidos”, revelou um dos vereadores mais bem articulados da Câmara.

O grupo de 18 vereadores que conta com Marquinhos (DEM), Ricardo Diniz (PCdoB), Honorato Fernandes (PT), Francisco Carvalho (PSL), Gutemberg Araújo (PSDB), Josué Pinheiro (PSDB), Isaías Pereirinha (PSL), entre outros, vem se reunindo de forma sistemática e juntos planejam apresentar uma proposta de votação avulsa, ou seja, escolha de um representante para cada cargo de forma independente, assim como ocorre na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal.

O movimento até o momento não possui nenhum líder, mas foi Pereirinha o primeiro a encabeçar o não aceite ao nome de Osmar Filho. O ex-presidente da Câmara teria dito que lançaria até seu nome para a disputa, caso seja confirmado o nome de pedetista para o cargo de vice.

O veto ao nome de Osmar para a função de vice-presidente se dá pelo fato de que se trata de uma articulação para garantir a eleição do pedetista para o cargo de presidente no segundo biênio desta legislatura, uma vez que Astro de Ogum não poderá concorrer a reeleição e deve disputar o cargo de deputado estadual ou federal em 2018. Assim, tiraria licença para Osmar e ele convocaria eleições para a Mesa Diretora de forma antecipada e estando no cargo de presidência, o que poderia facilitar a sua vitória.

O vereador Honorato Fernandes (PT) que também tem compromisso com a reeleição de Astro, afirmou: “até eu que sou aliado, já demonstrei minha insatisfação com a condução do processo”. E ainda revela que caso seja insistido no nome de Osmar Filho, ele vai buscar uma articulação para embolar o meio de campo.

Outro nome que já surgiu para indicação do cargo é o de Pedro Lucas, porém com menos força. No entanto, os demais vereadores tem a mesma posição, não aceitam. Existe uma grande reclamação que Osmar Filho, Pedro Lucas e Pavão Filho (PDT) foram os únicos que receberam apoio e benesses da Prefeitura, ou seja, já estão bem contemplados com a mão amiga do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT).

No meio dessa articulação de 18 vereadores, ainda surge um grupo com os vereadores Estevão Aragão (PPS), Cézar Bombeiro (PSD), Sá Marques (PHS), Edmilson Jansen (PTC) e Marcial Lima (PEN), que quer entrar na discussão da composição da Mesa Diretora.

Além de Astro de Ogum, fazem parte da Mesa Diretora, os vereadores Francisco Carvalho (PSL), 1º vice-­presidente; Josué Pinheiro (PSDC), 2º vice-­presidente; Ricardo Diniz (PCdoB), 3º vice-presidente; Pavão Filho (PDT), 1º secretário; Pedro Lucas Fernandes (PTB), 2º secretário; Marlon Garcia (PTdoB), 3º secretário; Paulo Luiz (PRB), 4º secretário, e Professor Lisboa (PCdoB), 5º secretário. Os três últimos não foram reeleitos.

Procurado, o presidente Astro de Ogum disse que não iria se manifestar sobre a polêmica e que tem buscado o diálogo com todos os demais 30 vereadores eleitos para que ambos possam encontrar um consenso e percorrer um caminho pacifico para a próxima legislatura.