Pré-candidaturas a prefeito de São Luís de Bira do Pindaré e Neto Evangelista são ordenadas pelo Palácio dos Leões

Antes de assumir o governo do estado, Flávio Dino (PCdoB) e Márcio Jerry (PCdoB), habilidosamente tiraram Bira do Pindaré (PSB) e Neto Evangelista (PSDB) de uma possível disputa eleitoral em 2016 para beneficiar Edivaldo Holanda Júnior (PTC), oferecendo-lhes espaço na gestão. Porém, a aprovação do atual prefeito de São Luís não o favorece e assim a deputada federal Eliziane Gama (PPS), ganhou fôlego e atualmente é a disparada favorita para vencer a eleição. Pensando em diluir os votos da parlamentar e provocar um segundo turno, Márcio Jerry chamou Bira e Neto para colocarem seus nomes de volta na disputa, funcionando como uma espécie de “peões” do comunista no tabuleiro político. Com uma possível recuperação de Edivaldo, os dois provavelmente voltam para a “geladeira”.

É óbvio que cada um dos nomes tem suas peculiaridades e provavelmente, Neto Evangelista seja um nome praticamente certo para entrar na corrida eleitoral. O secretário estadual de Desenvolvimento Social entraria por dois motivos: para evitar a candidatura do deputado federal João Castelo e impossibilitar uma aliança entre PPS e PSDB, o que fortaleceria e muito Eliziane Gama. O tucano não tem possibilidade nenhuma de vitória e nenhuma ameaça de crescer durante a campanha, seus números apresentam uma oscilação entre 3% e 6%, os próprios vereadores do PSDB não apoiariam seu nome, uma vez que já estão fechados com Edivaldo Júnior, dessa forma o nome de Neto Evangelista seria apenas para agradar Márcio Jerry e Flávio Dino, este último que já lhe garantiram estrutura e viabilização para a disputa de deputado federal em 2018. Óbvio que o vice-governador Carlos Brandão também faz parte dessa articulação.

Já Bira do Pindaré foi colocado no jogo político para tentar tomar o PSB de São Luís, tanto que obrigou o senador a se colocar em uma possível disputa, por isso ele vem afirmando que é pré-candidato também. Porém Bira tem um potencial de crescimento superior ao de Neto Evangelista, afinal setores da esquerda e uma importante parcela do PT acompanha o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, além de movimentos sociais. Porém não é descartado um possível apoio dos socialistas ao prefeito Edivaldo e aí por motivos óbvios, Bira sairia de cena. Em troca da fidelidade e atender os pedidos dos comunistas, o deputado estadual licenciado também iria garantir sua viabilização para o cargo de deputado federal.

Bira ainda funciona como um plano B de Flávio Dino, caso esteja inviável a reeleição de Edivaldo, o governador fará de tudo para eleger o socialista.

Todo esse plano só demonstra que Eliziane Gama não é o plano C e muito menos plano nenhum dos comunistas. A ideia deles é isolar a deputada federal, provocando um esvaziamento da sua pré-candidatura da presidente do PPS, tanto que é passada a orientação aos partidos aliados que não demonstrem nenhum apoio a ela. Márcio Jerry é o principal adversário de Eliziane, o secretário não consegue esconder sua antipatia por ela, assim como pelo senador Roberto Rocha, tanto que os dois são alvos sistemáticas da fúria do “homem poderoso” do governo comunista.

Enquanto isso, Neto e Bira vão fazendo seus papéis de “peões” dos comunistas…