PF faz operação no Maranhão contra grupo que lavou R$ 1 bilhão com importação ilegal de celulares

A Polícia Federal realiza no começo da manhã desta quarta-feira (10), uma grande operação no Maranhão e em mais 5 estados, além do Distrito Federal contra um grupo responsável por movimentar R$ 1 bilhão com descaminho de celulares de última geração. A maioria dos aparelhos comercializados eram iPhone da empresa americana Apple.

Os alvos da PF e da Receita Federal são 51 pessoas, apontadas como participantes do esquema que recebia os aparelhos de Foz do Iguaçu (PR) e encaminhava a todo o Brasil. No total são 46 endereços alvos de mandados no Maranhão, Rio Grande do Norte, em São Paulo, Goiás, Paraná e Santa Catarina, além do Distrito Federal.

Segundo as investigações, há indícios da remessa ilegal de mais de R$ 1,6 bilhão ao exterior, estimando-se que foram internalizados no país mais de 500 mil telefones celulares pela organização criminosa nos últimos 5 anos.

De acordo com informações da CNN, os agentes cumprem os mandados em lojas dos principais shoppings dos estados. Os centros comerciais, porém, não são objetos de investigação.

O esquema
A investigação da Superintendência da PF no Distrito Federal aponta que o grupo abria empresas de fachada, comprava celulares e repassava sem notas fiscais, sem pagar impostos ou com selos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o que é obrigatório.

Os cálculos dos agentes dão conta que em dois anos o lucro foi de R$ 1 bilhão ao bando.

A investigação começou quando em 2022 a PF e a Receita apreenderam um helicóptero com 400 celulares da marca IPhone. A carga estava avaliada em R$ 4 milhões. A aeronave pousou no Aeródromo Botelho, em São Sebastião, no Distrito Federal, e duas pessoas foram presas em flagrante. A partir de então, a PF descobriu a origem dos celulares e a rede de descaminho.

O que é descaminho
Descaminho é um crime de ordem tributária, que se caracteriza pela entrada e saída de mercadorias no país sem o pagamento de tributos, que tem pena de até 8 anos de prisão.

Os suspeitos devem responder pelos crimes de falsidade ideológica, descaminho, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e organização criminosa, que possuem penas máximas que podem chegar a 37 anos de reclusão.

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