Secretário de Saúde, Carlos Lula, revela medo de operações policiais a ministro da Saúde
Após governos estaduais serem alvos de operações policiais, a primeira medida do novo presidente do Conselho de Secretários de Saúde (CONASS) foi uma visita ao ministro interino Eduardo Pazuello. Em meio à reclamação de que motivações políticas contaminam investigações, Carlos Lula, pediu salvaguardas ao trabalho dos secretários, relatando que alguns, com medo, estão deixando de assinar contratos para o combate ao coronavírus. O encontro ocorreu nesta segunda (6).
Carlos Lula substituiu Alberto Beltrame (Pará), um dos alvos da Polícia Federal sob suspeita de desvios de verbas durante a pandemia.
Foram três os principais pedidos de Lula a Pazuello. Um deles foi a criação de uma câmara de conciliação com a participação de tribunais de contas e Ministério Público. “Ele [Pazuello] se mostrou bastante disposto e entendeu a questão. Quem fizer coisa errada tem de pagar. Mas quem for de bem, pode resolver o problema antes de virar um processo”, disse.
A segunda solicitação foi para agilizar um pregão eletrônico da compra de medicamentos para pacientes intubados. O governo federal topou concentrar os processos de aquisições. Antes, iria bancar 10% do valor total. Agora, segundo Lula, o ministério da Saúde deve arcar com 50% dos gastos.
Por último, o secretário do Maranhão pediu a Pazuello ajuda do Itamaraty para que os estados consigam resolver os problemas de compras de equipamentos e remédios para a Covid-19 no exterior. Segundo Lula, quase metade dos estados tiveram obstáculos. Um diplomata foi colocado à disposição.