Lobão Filho diz: Eduardo Braide está “sem apoio de ninguém”, mas assim “não é possível ganhar e muito menos governar!”

lobaobraide
Eduardo Braide e Lobão estavam juntos em 2014

Lobão Filho (PMDB), finalmente se posicionou sobre a disputa eleitoral em São Luís. O peemedebista enviou a este jornalista, uma análise da eleição disputada entre Edivaldo Holanda Júnior (PDT) e Eduardo Braide (PMN). Ele reitera que o deputado estadual procurou o seu grupo político para fazer uma aliança ainda no primeiro turno, porém, agora optou por ficar sozinho, assim como conseguiu chegar ao segundo turno.

O suplente de senador no entanto avalia que é impossível “ganhar a eleição e governar” sem o apoio de ninguém. Ele acredita que a imprensa maranhense está fazendo um terrorismo em relação ao apoio do grupo Sarney a qualquer um dos candidatos, mas a verdade é exatamente a outra, todos os sabem que o governo estadual é o principal cabo eleitoral do seu grupo político.
Confira na íntegra o posicionamento de Lobão Filho:
Me permita discordar de várias  analises feitas até agora em relação ao posicionamento politico do candidato Eduardo Braide. Sinceramente, paixões a parte, é preciso esclarecer alguns pontos que estão sendo distorcidos pela imprensa aliada ao candidato Edivaldo Holanda, e outros pontos que estão sendo esquecidos.
Em primeiro lugar é absolutamente verdadeiro que o candidato Eduardo Braide procurou a todos nós no inicio do primeiro turno, em busca de apoio . Eu mesmo o recebi na Difusora em busca de tal apoio. Acontece que isto ocorreu antes da campanha, onde o objetivo maior do Eduardo era a viabilização de condições mínimas de campanha. Estava ele buscando desesperadamente coligar com o PMDB , e com isso  sair de pouco menos de dez segundos de TV para mais de um minuto . Fora a estrutura partidária do PMDB para a campanha.
Muito legitimo da parte dele,  já que ele sempre fez parte do meu grupo politico.
Acontece que tal apoio lhe foi negado quando o partido decidiu ter candidatura própria, inclusive contra minha vontade e de Roseana. Poderíamos sim , ter apoiado Eduardo Braide, seria algo natural. Mas isto não ocorreu.
Iniciada a campanha, ele realmente não contou com o apoio de absolutamente ninguém. Nem do governo e nem de nos. Não podemos esquecer que se ele chegou ao segundo turno, chegou exclusivamente com suas próprias pernas.
Mas aí começam os erros na estratégia de sua campanha . Só a inexperiência em campanhas majoritárias pode justificar achar que é possível ganhar uma eleição, polarizada em dois candidatos,  sem o apoio de ninguém. Não é possível ganhar e muito menos governar!
Inicialmente quase todos os votos dos outros candidatos foram naturalmente para o Braide. Votos de Eliziane, Votos de Wellington, Votos de Fabio, votos de Rose Salles.
Mas acontece que estes candidatos não tinham votos apenas de rejeição á atual administração municipal. Também tinham aqueles que simpatizavam com suas propostas.
E ai está o grande erro estratégico do candidato Eduardo. No momento que menosprezou e desprezou o apoio destes candidatos. Candidatos que inicialmente poderiam ter a intenção de apoia-lo e foram rechaçados por essa estratégia equivocada e arrogante , de que alguém pode ir para a guerra sozinho. Ideia errada de que apoios necessariamente tem que ser em troca de alguma coisa. Discurso pobre e demagogo!
Este é o fato que coloca em alto risco a eleição de Eduardo Braide, que o obriga  a repetir um improvável massacre no último debate, em cima de um candidato que é mais simpático que ele e certamente vai muito bem preparado.
Por último , e não menos importante, eu quero esclarecer um equívoco presente em toda imprensa ligada ao atual governo, mas que salta aos olhos de qualquer cidadão que mora e trabalha no Estado do Maranhão. Estes profissionais tentam vender a ideia de que os candidatos querem se afastar do meu grupo politico. Esquecendo que o maior cabo eleitoral deste mesmo grupo é o atual governo do estado. Andei muito no interior nesta campanha e nunca vi um governo cair no ocaso tao vertiginosamente em tao pouco tempo. 
Apesar de ter usado a polícia de forma nunca antes vista, apesar de ter feito obras eleitoreiras nos municípios mais estratégicos, o governo comunista foi massacrado nestas eleições.
Perdeu seu guru politico em Caxias, perdeu seu financiador em Dom Pedro, perdeu seu sócio em Barrerinhas, perdeu a grande amiga em Grajaú, perdeu seu grande líder na região tocantina em Porto Franco e foi destroçado em Imperatriz. Alguns exemplos simbólicos da atual situação política do atual governo. E finalmente , muita atenção aos políticos neo comunistas que tem a vã esperança nos recursos do governo. Teremos muitas surpresas em 2018.

3 thoughts on “Lobão Filho diz: Eduardo Braide está “sem apoio de ninguém”, mas assim “não é possível ganhar e muito menos governar!”

  1. Diego Emir, confesso estar completamente confuso com a cena da atual política maranhense. Não consigo entender mais nada!!! Os sarneys afinal apoiam Edivaldo? Os Lobões ainda são Sarneys? Que medo simultâneo é esse entre Dinistas e Sarneysistas de Braide ganhar a prefeitura?? O que vai acontecer se Braide ganhar? Lanço esse desafio a vc pra tentar explicar isso tudo!

  2. A máquina pública tem sido usada com toda a sua força para reeleger alguém que de fato não merece, parece que as pessoas estão hibernando achando que Edivaldo é o melhor pra são luis e não é, mesmo renunciando ao governo em 2018, para se candidatar a outro cargo ainda teríamos de suportar a frente da prefeitura Júlio Pinheiro que já demonstrou total subserviência a Flávio Dino qd presidente de simproesema, nós estamos encurralados sai um acéfalo e fica um inútil.

  3. Quem disse que Braide está menosprezando e rechaçando apoios? Ele afirma a todo momento que precisa de apoios para governar, e os está recebendo. A verdade que salta aos olhos é que o grupo Sarney está arrependido por não ter apoiado Braide, e por isso Lobão agora vem com esse discurso, um tantinho apaixonado, de que Edivaldo é “mais simpático e preparado”. Quanto a “não ser possível ganhar”, bom, é melhor esperar o dia 30.

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