“Morrer de raiva” existe? Entenda como a raiva é um fator de alto risco para doenças cardiovasculares e AVC
Aprender a controlar as emoções pode evitar doenças! Em um dia estressante, quando nada parece dar certo, sentir raiva, frustração e tristeza podem ser inevitáveis. Mas será que o exagero de emoções negativas pode afetar a saúde? De acordo com um estudo publicado no dia 1º de maio deste ano, no Journal of The American Heart Association, até aquelas expressões rápidas de raiva podem afetar veias e artérias, ou seja, prejudicam o coração.
Quando os vasos sanguíneos de uma pessoa são expostos à raiva, ficam tensos, atrapalhando o fluxo correto do sangue. Essa emoção indesejada também pode levar a doenças como ansiedade e depressão. “Qualquer situação tensa ou ameaçadora que produza mudança comportamental e no estado emocional do indivíduo vai gerar uma resposta disfuncional e, então, pode-se considerar a consequência de um corpo físico enfraquecido favorecendo o surgimento de várias doenças”, explica a psicóloga da Hapvida NotreDame Intermédica, Celiane Lopes.
Durante a pesquisa da associação americana, os cientistas também descobriram que até a simples lembrança de momentos de raiva já era suficiente para alterar a circulação sanguínea dos voluntários participantes. E sabe quando você fica vermelho de raiva? Essa reação também tem nome na ciência: a hiperemia, que acontece porque o sangue circula mais rápido durante a raiva, causando pequenos danos nos vasos.
A psicóloga destaca que ter raiva em excesso é, sim, perigoso. “Os nossos hábitos são fortalecidos através da prática, e a reação raivosa pode ser prejudicial caso se transforme em uma tendência frequente e aconteça de forma excessiva. Por isso, ter o acompanhamento psicológico é essencial para que a pessoa consiga entender e controlar suas emoções negativas”, finaliza Celiane.