Está em um relacionamento abusivo? Veja dicas para se afastar e como recomeçar

No começo, tudo são flores. Mas, em alguns casos, o caminho a dois pode perder as pétalas aqui e ali ou até deixar de ser totalmente florido, se tornando uma experiência de tirar o sono: os relacionamentos abusivos são mais frequentes do que se imagina e, até quem acredita estar em uma relação “normal” pode, na verdade, estar em maus lençóis. De acordo com a OMS, em 2019, 243 milhões de mulheres foram vítimas de violência por parte de um parceiro. E de lá para cá, três em cada cinco mulheres sofrem, sofreram ou sofrerão relacionamentos desse tipo. Será que dá para sair dessa situação?

Reconhecer os sinais, isto é, as chamadas red flags de uma relação minada é um dos primeiros passos para conseguir se afastar. “Não acredito em recuperação de relacionamento abusivo porque é muito raro restaurar. Dificilmente o abusador reconhece que abusa e a vítima precisa ter atenção ao comportamento ciumento, isolamento de outras relações afetivas por controle dele, humilhações, jogos emocionais e até pressões estéticas, por exemplo”, explica o psicólogo do Centro Universitário Estácio São Luís, Eudes Alencar.

Outro sinal de que o relacionamento não vai nada bem, de acordo com o especialista, é aquele sentimento persistente de que você nunca é valorizado pelo parceiro íntimo, o que gera uma espécie de carência afetiva crônica. Uma das soluções mais indicadas para lidar com essas situações é a terapia. “Buscar ajuda terapêutica é extremamente útil para aprender sobre a natureza desses dois indicadores. Sobre a autoestima, por exemplo, muita gente acredita que é algo que se recebe do outro, quando é aquilo que cultivamos em nós mesmos”, afirma Eudes.

E no processo para conseguir se livrar de uma relação que, ao invés de ser leve, te trazia tantos pesos, preocupações e inseguranças, contar com uma rede de apoio é essencial. “O suporte de amigos e familiares, aqueles que realmente se importam, são fundamentais no processo de reconstrução psíquica e emocional. Compartilhe a sua experiência com pessoas que confie e não deixe de pedir ajuda quando for preciso. É totalmente possível viver uma vida feliz sem violências e dependência de ninguém”, finaliza o psicólogo.

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