Colesterol alto atinge mais de 40% da população brasileira. Saiba como se prevenir
No meio da correria do dia a dia, é fácil esquecer de se alimentar direito, deixar de praticar exercícios físicos ou de ir ao médico fazer exames de rotina. Foi o que aconteceu com Carlos Ferreira, 52 anos, diagnosticado com colesterol alto.
“Trabalhava muito, então acabava comendo o que era mais fácil e rápido, sem pensar nas consequências”, conta Carlos. O diagnóstico serviu como um alerta. “Quando o médico disse que o meu colesterol estava alto e que eu sofria risco de infarto, percebi que precisava mudar, ou as consequências poderiam ser sérias”, relembra.
Ter o colesterol elevado é uma condição que atinge mais de 40% da população brasileira. Nos mês de agosto, a campanha de combate ao colesterol traz à lembrança os cuidados para evitar essa condição.
A professora da Faculdade de Medicina de Açailândia (IDOMED Fameac), Rayssa Bueno, explica que o colesterol é um tipo de lipídio essencial ao nosso organismo, participando da composição da membrana das células, do metabolismo energético, e da produção de hormônios e vitaminas, como a vitamina D. “Contudo, quando os níveis de colesterol no sangue se tornam altos, o risco de depósito nas artérias aumenta, podendo levar a sérios problemas de saúde, como infarto e derrame”, afirma.
Ainda de acordo com a professora da Fameac, alguns dos principais fatores de risco para o aumento do colesterol no sangue são o histórico familiar, o sedentarismo (aliado a uma dieta inadequada), o uso de medicamentos sem orientação médica, uma alimentação rica em gorduras trans, excesso de peso, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, estresse e menopausa.
Os efeitos do colesterol alto não tratado podem ser devastadores para a saúde cardiovascular a longo prazo. “Quanto maiores são as taxas de colesterol, mais aumenta o risco de entupimento dos vasos sanguíneos pela presença de coágulos de gordura”, alerta Bueno. Entre as doenças comumente causadas pelo colesterol alto estão a pressão alta, aterosclerose, derrame cerebral, doença arterial, insuficiência cardíaca e infarto.
CUIDADOS
Para combater o colesterol elevado, mudanças no estilo de vida são essenciais. “A prática de exercícios físicos, a reeducação alimentar e a avaliação médica regular são fundamentais”, destaca Rayssa Bueno. Além disso, evitar a automedicação e dietas milagrosas sem o devido acompanhamento de profissionais de saúde é crucial para garantir um tratamento que dê resultados.
A prevenção e o monitoramento regular do colesterol também desempenham um papel importante na manutenção da saúde. A professora reforça a importância de buscar atendimento médico regularmente para avaliar e monitorar os níveis de colesterol, garantindo assim a prevenção de complicações mais graves.
Foi o que fez seu Carlos. Ele começou a caminhar diariamente e procurou orientação nutricional para ajustar sua dieta. “No começo, foi difícil, porque estava acostumado a comer de tudo, sem restrições. Mas, aos poucos, fui me adaptando”, conta. Hoje, seu colesterol está sob controle, e ele se sente mais saudável. “Aprendi que cuidar da saúde precisa ser uma prioridade, não apenas uma preocupação quando já estamos doentes”.