No Ministério Público, moradores do Calhau e da Cohab reclamam das obras do Trânsito Livre

A obra do Trânsito Livre do Calhau segue rendendo uma repercussão negativa. Em audiência pública realizada na última terça-feira, 18 de junho, representantes da população puderam apresentar seus questionamentos. Reclamações quanto a falta de segurança, ausências de locais para estacionamento, faixa de pedestres etc, estiveram no debate.

A primeira a se manifestar foi Margareth Ribeiro, que mora na área diretamente afetada pelo Programa Trânsito Livre, no Calhau. Segundo a moradora, a população da região não foi ouvida sobre as mudanças que deixaram os habitantes da região com menos possibilidades de deslocamento.

Na avaliação de Gleyson Mota, morador da mesma região, a Prefeitura de São Luís deslocou o problema do trânsito na rotatória do Quartel da Polícia Militar e Avenida dos Holandeses para uma região residencial, que se tornou impraticável para pedestres. De acordo com ele, outro problema enfrentado é que na região foi proibido não só o estacionamento, mas a parada de veículos, o que impede o embarque e desembarque, inclusive de idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

Carolina Caetano também questionou as recentes intervenções realizadas na área do Renascença II. De acordo com a moradora, as mudanças aconteceram de um dia para o outro e tornaram vias inseguras para pedestres, como a Rua Mitras. “Não me sinto segura para transitar de bicicleta ou a pé”.

A região da Cohab também foi tema da audiência. Em sua fala, o morador do Itapiracó Josemar Pinheiro falou sobre a dificuldade de chegar ou sair do bairro. Ele criticou a construção de um elevado próximo ao aeroporto enquanto a situação na Forquilha continua caótica e citou a situação grave da comunidade Porto Grande, na Zona Rural, onde até veículos de grande porte não conseguem transitar devido à falta de qualidade das vias.

Ao final da audiência, Fernando Barreto afirmou que todas as demandas apresentadas serão encaminhadas oficialmente à Prefeitura de São Luís e ao Estado do Maranhão. O titular da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, Urbanismo e Patrimônio Cultural de São Luís também informou que uma nova audiência pública será realizada em agosto deste ano, sendo este prazo suficiente para que o Poder Público levante e preste as informações necessárias.

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