João Marcelo e Hildo Rocha reagem a Braga Neto
Os deputados federais João Marcelo e Hildo Rocha, ambos do MDB-MA, membros da Comissão Especial que analisa a PEC 135/2019 que prevê a mudança no sistema de votação para incluir a impressão do voto com fins de auditagem, se pronunciaram em relação às declarações do ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, e do Presidente da República, Jair Bolsonaro.
Diante das supostas ameaças do militar de que não haverá eleições em 2022 se o texto não passar no Congresso e a posição do Presidente Jair Bolsonaro, os dois parlamentares se pronunciaram na edição de hoje (24) de O Correio Brasiliense.
O deputado João Marcelo Souza reforçou que o Congresso “não pode, nunca, se deixar intimidar”. “Temos de peitar o Executivo, no sentido de que cabe a nós resolver o que é de ordem do Legislativo. Não podemos nos deixar levar pela forma açodada como estão querendo nos tratar”, afirmou. “Qualquer opinião do Executivo sobre se vai ter ou não eleição, com ou sem voto impresso, é inválida no regime democrático. Vai depender do Congresso Nacional decidir.”
Já o deputado federal Hildo Rocha não vê possibilidade de o texto passar. “Eu acho que ela vai ser enterrada. Vai ser arquivada. Ele (Braga Netto) jogou uma pá de terra na PEC. Já estava difícil ser aprovada. Com essa mensagem do Braga Netto, ficou impossível”
Segundo o CB, se a derrota do relatório na comissão especial já era dada como certa antes do recesso, as chances de avançar minguaram de vez depois do episódio.